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Sidrolandia

Marcelo anuncia fim do meio expediente e avisa que na sua gestão Prefeitura terá poucos contratados

Em relação à saúde, o prefeito eleito diz que não tem uma posição definitiva sobre o que vai fazer com o prédio da Unidade de Pronto Atendimento pronto há três meses.

Flávio Paes/Região News

10 de Novembro de 2016 - 14:51

Na entrevista que concedeu à Rádio Pindorama nesta quinta-feira, o prefeito eleito Marcelo Ascoli foi fiel ao seu estilo comedido, mediu as palavras, tergiversou ao responder a algumas perguntas com potencial de gerar polêmica, mas pelo menos deixou claro duas coisas: a primeira é que partir de janeiro o servidor público terá que trabalhar em tempo integral com o fim do expediente das 7 às 12 horas.

A outra definição, endereçada diretamente aos seus correligionários. Quem está na expectativa de na virada do ano garantir um emprego na Prefeitura (seja num cargo comissionado ou contratado) não deve alimentar grandes expectativas. 

Ascoli diz que pretende valorizar ao máximo os concursados e vai montar uma estrutura administrativa enxuta para não correr o risco de estourar as contas públicas e ficar sem dinheiro para pagar em dia a folha de pagamento. Conforme a necessidade de pessoal pretende abrir concurso para preencher as vagas. “Vamos fazer uma gestão com responsabilidade e transparência. É a receita da dona de casa, gastar dentro do orçamento”, exemplifica o futuro prefeito.

Antes das demissões que progressivamente estão sendo oficializadas pelo atual governo a Prefeitura mantinha na sua estrutura 733 funcionários contratados, além dos pouco mais de 1.200 efetivos. Mês passado a folha de pagamento somou R$ 5,2 milhões (incluindo encargos) quase 54% da receita líquida.

Em relação ao projeto de orçamento para 2017, em tramitação na Câmara, o futuro gestor municipal não mostra disposição de sugerir mudanças na proposta elaborada pela atual gestão. Diz contar com o espírito público do atual prefeito e dos vereadores para aprovarem uma lei orçamentária que atenda aos interesses da cidade.

Sobre a eleição da futura Mesa Diretora, o prefeito deixa claro que não vai se envolver na questão. “Esta é uma questão que diz respeito aos 15 vereadores. Já teremos muito que nos preocupar com os assuntos de competência do Executivo”, argumentou.

Em relação à saúde, o prefeito eleito diz que não tem uma posição definitiva sobre o que vai fazer com o prédio da Unidade de Pronto Atendimento pronto há três meses. “Vamos buscar parcerias e avaliar se é possível funcionar como o formato de UPA ou como uma unidade mista”, adianta.

Marcelo Ascoli mostra preocupação com a capacidade financeira do município para custear o funcionamento de uma UPA. Em alguns municípios, como Aquidauana, a unidade inaugurada há quatro anos até hoje não funciona, exatamente em função do seu alto custo (que giraria em torno de R$ 800 mil por mês). Ascoli pretende reforçar a atenção básica oferecida pelas Unidades Básicas de Saúde da Família.