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Sidrolandia

Marcelo Gonçalves, novo presidente da AMAS: suas ideias e seus projetos

O novo presidente conta, nesta entrevista como se tornou um empresário de varejo e aponta os desafios de sua gestão (2014/2015)

Assessoria de Comunicação

24 de Janeiro de 2014 - 14:10

Desde 1º de Janeiro o empresário Marcelo Gonçalves responde pela Presidência da AMAS – Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados – cargo para o qual foi eleito em novembro de 2013, substituindo o supermercadista Acelino de Souza Cristaldo. O novo presidente conta, nesta entrevista como se tornou um empresário de varejo e aponta os desafios de sua gestão (2014/2015) a serem superados no processo de fortalecimento do setor supermercadista de Mato Grosso do Sul.

Marcelo Gutierre Gonçalves, de 33 anos, nasceu na cidade de Bela Vista, sua formação é Administrador de Empresas com pós-graduação em Administração Financeira e Controladoria. É um dos responsáveis pelo sucesso da Rede Econômica de Supermercados (Redems), onde trabalhou desde a criação, em 2000 até 2008, ano em que se tornou proprietário do supermercado Serve Sempre, localizado no bairro São Jorge da Lagoa, uma das regiões de maior densidade demográfica de Campo Grande. A loja possui 700 m² de área de vendas, emprega 72 colaboradores e tem um faturamento médio anual de R$ 14.400 mil.

Entretanto, a sua experiência como varejista tem outro ingrediente. Marcelo, desde 2011 também atua no setor moveleiro com três lojas do sistema outlet.

1-O que significa ser presidente da Amas para o senhor?

R: O momento é muito positivo para a AMAS. Ao meu lado está o Conselho Consultivo constituído de três ex-presidentes, o que significa a manutenção de uma mesma linha de governabilidade. Por outro lado, a entidade está capitalizada, estamos em sede própria e tem uma equipe de colaboradores perfeitamente capacitada. Neste contexto, ser presidente é dar continuidade ao plano de governo que começou no passado e tem foco no futuro. Um futuro no qual o setor seja mais unido e mais forte.

2-Quais são os principais desafios e metas para a Amas na sua gestão?

R: Em primeiro lugar temos que atuar junto ao setor quanto ao processo de profissionalização e entendimento das obrigações fiscais e tributárias responsável por um estrangulamento fiscal no qual o poder público exige a fatia lhe é de direito; o segundo é com relação a acompanhar as mudanças do mercado, principalmente na questão relacionada ao nível de exigência do consumidor; o terceiro é o alto índice de concorrência provocado ainda com maior vitalidade pelas grandes companhias tanto deste quanto de outros setores, isso exige uma maior profissionalização da cadeia; e o quarto desafio por mim considerado, vem como tempero sobre os demais, é a escassez, ou melhor, o apagão de mão de obra pelo qual hoje somos mais atingidos.  São temas a serem alinhados efetivamente com o setor e posteriormente abertos dialogo com o poder Publico. Para tanto há necessidade de que a classe esteja unida.

3 - Quais fatores que diretamente influenciam a falta de mão de obra, gerando este “apagão” mencionado pelo senhor?

R: Com o aquecimento da economia estamos perdendo a nossa mão de obra inclusive para outros setores produtivos. Menciono que estamos em um mercado em franca concorrência e com elevada carga tributária, isso faz a margem do negocio baixar ano a ano. Não conseguimos acompanhar a remuneração de outros setores emergentes, sendo do um dos fatores geradores de fuga. Outra situação é a capacitação do trabalhador, que ainda é muito incipiente. Entendo que devemos buscar apoio governamental, pois é um problema macro, mas o empresário supermercadista deve criar programas de retenção de talentos dentro do próprio negócio.

4 - O que a AMAS pode proporcionar aos supermercadistas nesta fase em que o setor encontra-se em expansão no Mato Grosso do Sul?

R: O papel da Associação é ser um braço do ponto de venda, da loja do associado. Acredito que de imediato podemos oferecer treinamentos operacionais e cursos de capacitação, itens que possam agregar no processo de profissionalização da gestão individual do supermercado.  Dar sequência aos eventos de negócios aproximando cada vez mais fornecedores e supermercadistas, particularmente à SUPER AMAS, já consagrada a melhor feira de negócios do comércio varejista do Mato Grosso do Sul, este ano em sua 25ª edição, no período de 22 a 24 de setembro, no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande. Por conseguinte jamais podemos nos afastar do principal papel da entidade que é zelar pelo interesse coletivo da classe em prol do seu desenvolvimento.

 

5 - O formato em Redes e Centrais de Negócios é vantajoso ao pequeno e médio diante da concorrência dos grandes que se expandem no Mato Grosso do Sul?

R: Sim, é um formato cujo sucesso é visível e é adotado até mesmo por outros setores econômicos como, por exemplo, da construção civil, farmácias, etc.. É um sistema de defesa e de desenvolvimento frente a forte concorrência, esse movimento macro econômico que é exigido da classe empresarial hoje. Assim, cabe à entidade, promover a troca de experiências entre as já existentes e fomentar a criação de novas redes oferecendo todo suporte possível, o passo a passo e o estimulo adequado, a partir dos casos de sucesso.  Nada é mais forte do que o exemplo, a fala abre a mente e o exemplo arrasta para objetivo.

6 - O que determina o sucesso de uma loja seja pequena ou grande?

R: Em primeiro lugar a crença em Deus, foco no trabalho, sempre manter o pensamento positivo e valorizar o dia a dia com o cliente, que é o nosso principal tesouro. Essa é a receita que acredito.

7 - Quais os maiores desafios econômicos para o setor nos próximos anos?

R: Vejo um cenário extremamente positivo, porem novo. E, o novo assusta é uma incógnita. Refiro-me a Copa do Mundo, as Olimpíadas..., então, estudando este movimento ele sempre desenvolveu países onde a infraestrutura permitia uma explosão econômica. Com exceção da África do Sul, países que sediaram a Copa como a Alemanha, Coreia do Sul e Japão, França e Estados Unidos já eram nações ricas que detinham estrutura. No Brasil, por mais positivo que seja o cenário sofremos com a falta de estrutura capaz de reter bons frutos. Entretanto, há que se acreditar é o papel do empresário. Embora a economia esteja estabilizada ainda somos atingidos por picos inflacionários. O acreditar está no DNA do empreendedor, porém há que se ter os pés no chão se adequando à profissionalização com um bom planejamento.

8 - Para finalizar, que mensagem o senhor gostaria de transmitir ao mercado?

 

R: O setor de supermercados está se desenvolvendo muito rapidamente em nosso estado. O que antes encontrávamos somente no eixo Rio - São Paulo - Minas Gerais - Rio Grande Sul, lojas de vizinhanças com bom atendimento, atrativas aos olhos dos clientes, se espalham por outras regiões e o Mato Grosso do Sul é considerado a bola da vez no país. Há uma forte movimentação. É um movimento que exige de quem está aqui melhor preparo e deverá profissionalizar o setor.  Somos um setor que em 2012 contribuiu com 5,5% do PIB – Produto Interno Bruto – e que deve chegar a 6% ao final de 2014. Se antes o setor supermercadista era importante para a economia do MS, hoje seremos fundamentais para a construção do estado que queremos. Todavia, precisamos estar mais juntos, mais unidos e mais profissionalizados.

AMAS

A AMAS – Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados – é uma entidade empresarial que representa um dos setores mais importantes da economia no estado de Mato Grosso do Sul. Importância esta que vai além dos 85% da população brasileira que freqüenta os milhares de supermercados espalhados pelo País. É um dos maiores geradores de empregos, sendo nacionalmente mais de 1,7 milhão de colaboradores. Contato: Rua Delegado José Alfredo Hardman, 308 - Jd. Veraneio – Fone: (67) 3356 4450, e-mail: [email protected] – Campo Grande (MS).