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Sidrolandia

Médicos brasileiros só começam a trabalhar nesta terça-feira

De acordo com Jarbas Barbosa, ainda este mês o trabalho dos integrantes do Mais Médicos será fiscalizado pelos tutores do programa.

Uol

02 de Setembro de 2013 - 13:40

Os 1.096 profissionais brasileiros selecionados pelo programa Mais Médicos somente começarão a trabalhar nos postos de saúde da família nesta terça-feira (3). A expectativa era que os atendimentos já começassem nesta segunda-feira (2), mas, à tarde, eles ainda vão aos distritos sanitários para conhecer os novos locais de trabalho.

Em Pernambuco, 62 médicos vão trabalhar em 33 municípios. Nesta manhã, quatro dos 12 médicos que trabalharão no Recife receberam as boas-vindas do secretário de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, e descobriram em que unidades vão trabalhar.

Antes do início da cerimônia de boas-vindas, a sanitarista alagoana Adeísa Toledo Lyra dizia torcer para conseguir uma transferência do Recife para alguma cidade em seu Estado. O Recife era a última de suas seis opções de destino quando se inscreveu no Mais Médicos.

Pelas regras do programa, era obrigatório elencar ao menos uma cidade em região metropolitana. Como Maceió não se inscreveu no Mais Médicos, a sanitarista aposentada incluiu a capital pernambucana na lista, mas diz ter dificuldade de se mudar.

Aos 81 anos, a mãe da médica não anda e Lyra disse que trazê-la para o Recife seria "um transtorno". "Não sei como vou fazer. Vou tentar remanejamento. Quero dar continuidade ao trabalho que amo fazer", afirmou, na expectativa de conseguir trabalhar em uma das suas cinco primeiras opções.

Segundo o Ministério da Saúde, não há possibilidade de transferência para um município que não se inscreveu no programa, como é caso de Maceió.

Caso o município adira ao Mais Médicos, o profissional precisa passar por uma nova seleção. O caso de Adeísa Lyra será analisado pelo governo federal. Por enquanto, ela vai atender num posto no Alto Santa Terezinha, na zona norte do Recife.

FISCALIZAÇÃO

De acordo com Jarbas Barbosa, ainda este mês o trabalho dos integrantes do Mais Médicos será fiscalizado pelos tutores do programa.

Para cumprir as 40 horas semanais exigidas pelo governo federal, o generalista Luiz Alves Sobrinho, 73, afirmou que vai abrir mão dos atendimentos domiciliares e em consultório popular que realizava até a semana passada.

Ao participar do Mais Médicos, ele passará a receber R$ 10 mil. Além disso, o generalista afirmou que recebe duas aposentadorias, pelos Ministérios da Saúde e do Interior.

Os médicos também prometem fiscalizar o programa e apontar dificuldades para trabalhar --como falta de estrutura. A sul-mato-grossense Marcela Couto disse que vai cobrar condições para atender a população. "A responsabilidade [pela vida do paciente] é nossa", afirmou.

O Ministério da Saúde diz que até o fim de 2014 serão investidos R$ 15 bilhões em melhoria de estrutura. Segundo Jarbas Barbosa, R$ 7,5 bilhões já estão contratados e o restante está em licitação.