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Sidrolandia

Médicos chegaram a promover paralisação no domingo para manter valor do plantão com expediente menor

Além de não perder remuneração, limitaram a 40 o número de consultas diárias das 6 horas da tarde á meia-noite.

Flávio Paes/Região News

05 de Setembro de 2013 - 17:29

A decisão da Prefeitura de fechar a Unidade Central  de Saúde Acelino Roberto Ferreira, além de receber críticas do Conselho Municipal de Saúde, sofreu oposição tenaz dos médicos que diante da possibilidade de perder 50% da remuneração, se mobilizaram, fizeram um dia de paralisação no domingo (quando o posto não funcionou) e na segunda-feira pressionaram: só continuariam fazendo o plantão, no posto, desde que continuassem ganhando o mesmo valor (R$ 750,00 de segunda-feira e R$ 850,00 aos finais de semana e feriados), embora trabalhando seis horas, ao invés das 12 horas que eram obrigados a fazer antes.

Como o posto tem um custo médio mensal de R$ 34 mil e os médicos respondem por R$ 23.500,00 por esta conta, mantida inalterada a despesa dos plantões o impacto será irrisório. Os médicos conseguiram arrancar algumas concessões, que na prática, reduziram a quase nada o valor a ser economizado.

Além de não perder remuneração, limitaram a 40 o número de consultas diárias das 6 horas da tarde á meia-noite. Rejeitaram a proposta inicial da Secretaria de Saúde de diminuir a metade o valor do plantão, na mesma redução da jornada de trabalho e com a economia, manter um segundo profissional  para garantir maior agilidade no atendimento.

Ontem um grupo de servidores esteve na Câmara reunido com os vereadores da Comissão de Saúde e Assuntos Sociais, para reclamar do que consideram uma discriminação. Enquanto os médicos continuaram recebendo o mesmo valor pelo plantão, os demais funcionários plantonistas (enfermeira, dois técnicos de enfermagem, faxineira, recepcionista)  vão ganhar a metade. A enfermaria ganhava R$ 116,00; os técnicos, R$ 64,00 e o pessoal da limpeza, R$ 36,00.

O relator da Comissão de Saúde Nelio Paim (PR) mostra preocupação com o atendimento nos dias em que houve uma procura maior pacientes. “Vamos imaginar se em determinado dia. às 11 horas da noite ainda tiverem 30 pacientes para serem atendidos. Será que o plantonista vai atender a todos depois da meia-noite?. Simplesmente ele vai mandar o excedente para a casa ou no hospital”, questiona o vereador tucano Marcos Roberto.