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Sidrolandia

Médicos haviam aconselhado mãe de Susan Boyle a abortá-la

Susan Boyle, fenômeno internacional da música, revelou numa recente autobiografia que os médicos haviam aconselhado sua mãe a abortá-la, porque achavam que a gravidez era de risco

O Verbo

22 de Outubro de 2010 - 08:23

Boyle disparou para a fama em abril de 2009 depois de aparecer num programa de televisão da Inglaterra chamado “Britain’s Got Talent”, quando a escocesa de aparência simples chocou as audiências com uma interpretação muito forte de “Sonhei um sonho” da versão musical de “Les Misérables” de Victor Hugo.

Mas Boyle, que tem 49 anos e é natural de Blackburn, uma vila em West Lothian, Escócia, nunca teria sonhado que cantaria em palcos internacionais, se sua mãe tivesse concordado em abortá-la por conselho de médicos.

Em sua autobiografia, “The Woman I Was Born To Be” (A Mulher que Nasci para Ser), Boyle revela que os médicos recomendaram uma “interrupção da gravidez” para Bridget Boyle, que já era mãe de oito filhos, porque temiam complicações físicas.

Boyle revela que sua mãe rejeitou esse conselho como “impensável” já que ela era uma “católica devota”.

Quando Boyle nasceu por parto cesáreo de emergência, os médicos não disseram para sua mãe o costumeiro “Congratulações, Sra. Boyle! Uma bela menina”. Boyle escreveu que os médicos adotaram um modo desdenhoso de ver a vida dela — principalmente quando suspeitaram que ela estivesse sofrendo de danos cerebrais devido à falta de oxigênio.

“Provavelmente, é melhor aceitar o fato de que Susan jamais será alguma coisa”, Boyle recontou os médicos dizendo para sua mãe. “‘Susan jamais virá a ser alguma coisa. Portanto, não espere muito dela’”.

“Tenho certeza de que eles tinham intenções muito boas”, continuou Boyle, “mas não penso que eles deveriam ter dito isso, porque ninguém pode predizer o futuro”.

“O que eles não sabiam era que tenho um pouco de guerreira, e venho me esforçando a minha vida inteira para provar que eles estavam errados”.

Boyle lançou seu primeiro álbum “I Dreamed a Dream” (Sonhei um sonho) em 23 de novembro de 2009, e rapidamente vendeu 9 milhões de CDs em seis semanas, tornando-o o álbum número e mais vendido daquele ano. O Livro Guinness de Recordes Mundiais também reconheceu Boyle como a artista inglesa número 1 com o álbum de estreia que mais vendas teve em pouco tempo.

Em anos recentes, muita gente famosa tem revelado que teve mães que se defrontaram com a escolha de abortar ou dar a luz.

Andrea Bocelli, cantor de opera e música clássica e pop, revelou ao mundo neste ano que os médicos haviam recomendado aborto para sua mãe depois que ela sofreu a experiência de um ataque de apendicite, aumentando a probabilidade de que seu filho nasceria com uma deficiência. Bocelli é completamente cego.

Bocelli disse que esperava que o testemunho de sua corajosa mãe “pudesse animar muitas mães que se acham em situações difíceis naqueles momentos em que a vida é complexa, mas querem salvar a vida de seus bebês”. (Veja aqui a cobertura em inglês)

Nos Estados Unidos, o astro do futebol universitário Tim Tebow (agora zagueiro do time Denver Broncos) revelou que os médicos haviam recomendado aborto para sua mãe depois que ela ficou doente nas Filipinas.

O testemunho de Tebow foi retratado num anúncio televisivo de 30 segundos comprado durante o Super Bowl [campeonato da Liga Nacional de Futebol dos EUA]. De acordo com um estudo, 92.6 milhões de americanos assistiram ao anúncio. Daqueles que se identificaram como apoiadores do aborto, quatro por cento disseram que foram levados a “reconsiderar pessoalmente sua opinião sobre o aborto” depois de assistirem Tebow e sua mãe Pam contarem seu testemunho no anúncio.

Médicos haviam aconselhado mãe de Susan Boyle a abortá-la