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Sidrolandia

Menina de 11 anos foge da casa abrigo após 4 meses de internação para desintoxicação

A mãe da menor procurou o Região News para denunciar o seu desaparecimento da Casa Abrigo

Flávio Paes/Região News

16 de Agosto de 2014 - 10:15

Depois de quatro meses internada no Hospital Nosso Lar em Campo Grande para um período de desintoxicação, a menor I.T da S. T, de 11 anos de idade, voltou a Sidrolândia quinta-feira e no dia seguinte, na sexta-feira às 8 horas da manhã fugiu da Casa Abrigo para onde, junto com outras duas irmãs (uma de quatro anos e outra de 1 ano e 4 meses),  foi encaminhada há mais de um ano por decisão da Justiça.  

Equipes do CREAS  do Bairro São Bento constataram a situação de vulnerabilidade social das crianças, já que a mãe delas, Iara da Silva Lima, até o último dia 11 de julho, estava presa cumprindo pena por tráfico de drogas. Não é a primeira vez que I.T da S.T foge da casa abrigo. Ela fugiu pelos menos quatro vezes antes de ser encaminhada a Campo Grande onde permaneceu por quatro meses no Hospital Nosso Lar.

Como não demonstrou disposição de voluntariamente se submeter a um tratamento para se livrar do vício, sendo menor de idade, a Justiça ficou impedida de determinar sua internação compulsória, daí a razão para ter sido trazido de volta a Casa Abrigo. Fora da Casa Abrigo a menina tem outras duas irmãs, com 14 e 15 anos, já mantendo relacionamento conjugal, sendo que a mais velha é mãe de um bebê de quatro meses.

A mãe dela está grávida de dois meses do servente de pedreiro José Carlos Aparecido (que não é o pai da garota), assassinado a facadas na madrugada do último de 31 de julho num ponto de prostituição e boca de fumo no Bairro São Bento. A mãe da menor procurou o Região News para denunciar o seu desaparecimento da Casa Abrigo.

“Ninguém me deu uma explicação sobre o seu paradeiro. Fui na Delegacia de Polícia e na Polícia Militar me ignoraram”, afirma Iara da Silva Lima, que reconhece ter errado muito no passado (atuando no tráfico e usuária de drogas), mas garante sua disposição de trabalhar e criar as três filhas (todas sob proteção da Justiça).  

Aos 31 anos Iara já é avó de um bebê de quatro meses, filho da sua filha mais velha, de 15 anos, já casada. Sua filha mais nova, de apenas um ano e quatro meses, desde os quatro meses está na Casa Abrigo.