Sidrolandia
Ministério da Saúde muda critério para diagnosticar a microcefalia
O ministério da Saúde acredita que o zika vírus está relacionado com o aumento dos casos de microcefalia - a má formação do cérebro dos fetos e recém-nascidos - no país.
G1
05 de Dezembro de 2015 - 09:51
O ministério da Saúde mudou um dos critérios pro diagnóstico da microcefalia. Em Pernambuco, o estado com maior número de casos, novas operações combateram nesta sexta-feira (4) o mosquito Aedes aegypti.
Só em um terreno em Olinda,
mais de 100 pneus abandonados. Um criadouro em potencial para o Aedes aegypti,
mas o sugador entrou em ação. O equipamento é como um aspirador que suga os
mosquitos. A faxina também ajuda. Caminhões começaram a recolher entulhos,
móveis e o lixo acumulado no quintal das casas.
O objetivo é retirar este tipo de criadouro do ambiente, explica Jurandir
Almeida, gerente de Vigilância Ambiental do Recife.
Neste sábado (5), militares entrarão no combate ao Aedes aegypti. A
presidente Dilma disse, em Brasília, que é quase uma operação de guerra contra
o mosquito, que transmite o zika vírus, a febre chikungunya e a dengue.
Estamos mobilizando da parte do governo federal o Exército, a Marinha e
Aeronáutica para nos ajudar nesta ação de prevenção ao vírus, afirma Dilma.
O ministério da Saúde acredita que o zika vírus está relacionado com o aumento
dos casos de microcefalia - a má formação do cérebro dos fetos e recém-nascidos
- no país.
E nesta sexta (4) mudaram as regras para o registro de casos do distúrbio. Os
recém-nascidos que tiverem a circunferência do crânio menor que 32 centímetros,
serão notificados. Antes, eram adotados como referência os 33 centímetros.
Dos 646 casos notificados em Pernambuco, 211 seguem o novo critério que é
adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Todos os bebês notificados têm a circunferência do crânio igual ou menor que 33
centímetros. Numa primeira triagem muitos casos foram descartados. Eram bebês
pré-maturos ou desnutridos, por exemplo.
Com a redução da medida, o ministério da Saúde espera diagnosticar com mais
precisão os recém-nascidos com microcefalia.
É importante esclarecer que todos os bebês que já foram notificados até hoje,
eles vão ter garantido o atendimento na nossa rede de referência, garante
Luciana Albuquerque, Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde de Pernambuco.
Investigar os casos é importante para entender porque tantos bebês estão
nascendo com microcefalia. Rosilene teve manchas na pele e coceira no começo da
gravidez, sintomas que podem estar associados ao zika vírus, mas a doença não
foi diagnosticada. Ela fez o pré-natal e nada parecia estar errado.
A Paraíba também declarou situação de emergência por causa do aumento do número de casos de microcefalia. É o quarto estado do Nordeste a tomar essa medida.