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Sidrolandia

Ministério Público vai recorrer para manter cooperação entre Brasil e FBI

No dia 30 de setembro, o Tribunal Regional Federal da Segunda Região determinou a interrupção do trabalho entre órgãos dos dois países.

Correio do Estado

11 de Novembro de 2015 - 07:39

Ministério Público Federal entrará no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para tentar derrubar a decisão da Justiça que impede a cooperação do país com os EUA na investigação do FBI sobre corrupção no futebol.

No dia 30 de setembro, o Tribunal Regional Federal da Segunda Região determinou a interrupção do trabalho entre órgãos dos dois países.

Na decisão, a Justiça determina que as contas bloqueadas dos brasileiros teriam que ser liberadas e o sigilo restabelecido. O despacho também pede que as informações obtidas pelo Ministério da Justiça envolvendo empresas e pessoas investigadas nos EUA sejam devolvidos.

Na terça, José Maria Marin, ex-presidente da CBF, entrou em prisão domiciliar em Nova York. Ele estava preso desde maio na Suíça acusado de receber "milhões de dólares de propina" de esquema de desvio de dinheiro de vendas de direitos de transmissão de torneios da Copa América e da Copa do Brasil.

O empresário Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo e dono da Klefer Marketing Esportivo, seria um dos beneficiados pela decisão da Justiça. Na investigação do FBI, ele é suspeito de ter pago propina aos dirigentes.
A Klefer detém atualmente os direitos de publicidade sobre jogos da Série A do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana.

No dia 13 de outubro, a juíza substituta da 9ª Vara Federal Criminal do Rio, Débora Valle de Brito, deu cumprimento ao acórdão do dia 30 de setembro.

O recurso do Ministério Público foi negado no mês passado pelo Tribunal Regional Federal do Rio. Por isso, o órgão vai recorrer ao STJ. A disputa judicial corre em segredo de justiça.

Em junho, a Justiça Federal no Rio bloqueou bens de Leite. Em maio, a Polícia Federal apreendeu computadores e documentos no escritório do empresário. A apreensão foi feita a partir de pedido do Departamento de Justiça dos EUA, que promoveu a investigação contra integrantes da Fifa.