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Sidrolandia

MPE investiga empresa pela "pirâmide do Ponzi", uma cópia da Telexfree

No plano mais caro, o assinante chega a pagar R$ 3.480, em troca de testar cinco jogos por semana e receber R$ 250 por semana.

Campo Grande News

24 de Janeiro de 2014 - 15:40

A empresa Winner Manager será investigada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul pela possível prática de “Pirâmide de Ponzi”, fraude financeira nos moldes da praticada pela Telexfree, que teve a atuação suspensa pela Justiça após trabalho do órgão no Acre.

O promotor de justiça do Consumidor Antônio André David Medeiros, da 25ª promotoria de Campo Grande, abriu no dia 7 de janeiro procedimento preparatório contra a Winner Manager. Isso significa que foram encontrados indícios de irregularidades que, depois de investigados e confirmados, podem culminar na abertura de inquérito civil.

A instauração do procedimento partiu da denúncia de uma consumidora contra a empresa. Italiana, a Winner Manager se apresenta como divulgadora de jogos online em redes sociais, e espalha na internet promessas de alta rentabilidade “sem ter que fazer quase nada” ou “trabalho sem sair de casa”.

O esquema oferecido consiste em testar os jogos. Para isso, é preciso aderir à empresa, investindo R$ 760 por mês, em troca de R$ 50 por semana por cada jogo testado. No plano mais caro, o assinante chega a pagar R$ 3.480, em troca de testar cinco jogos por semana e receber R$ 250 por semana.

Em uma rápida busca na internet sobre os antecedentes da empresa, é possível encontrar diversas reclamações de associados que chamam a atividade da empresa de “golpe” e a acusa de atraso nos pagamentos.

Na página da Winner no Facebook, fica clara a ligação da empresa com a Telexfree. Há um banner que convida o usuário a “curtir uma de nossas páginas”, no caso, a acusada por operar a pirâmide financeira. Também estão publicados vídeos rebatendo as acusações de fraude e, inclusive, justificando a “retenção de valores da empresa”.