Sidrolandia
MPF instaura inquérito civil para investigar irregularidades no Coren-MS
Amarílis ainda lembrou que não é a primeira vez que sua gestão é denunciada. O MPE (Ministério Público Estadual) já arquivou três denúncias contra o conselho
Campo Grande News
17 de Setembro de 2013 - 14:00
O MPF-MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul) instaurou inquérito civil para apurar possíveis irregularidades perpetradas pela atual gestão do Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem em Mato Grosso do Sul), comandado pela enfermeira Amarílis Pereira Amaral Scudellari.
Sob a gestão, pesam acusações de supostas fraudes em procedimentos licitatórios e pagamento indevido de passagens e diárias aos conselheiros de Mato Grosso do Sul. O MPF ainda investiga se a presidente do conselho, que também é servidora pública municipal, recebe, indevidamente, verba acumulada de representação e diárias à serviços prestados pelo Coren.
Estou fazendo meu trabalho da melhor maneira possível e sabendo que tudo está correto. Eu não faço menor ideia de onde tenham vindo essas denúncias. Sei que tenho comprado algumas brigas, na [UPA] Vila Almeida, com médicos que não cumprem plantões e também que tem alguns funcionários antigos do conselho que estão desgostosos, afirmou Amarílis.
Segundo a presidente, modificações na gestão do conselho, como implementação do relógio de ponto e cartão de horário, podem ter motivado as denúncias. Também compro briga com alguns médicos da prefeitura, que não cumprem plantão de 12 horas e deixam o paciente sem assistência. Eu coloco o nome deles no meu relatório, explica.
Amarílis ainda lembrou que não é a primeira vez que sua gestão é denunciada. O MPE (Ministério Público Estadual) já arquivou três denúncias contra o conselho. Eles pedem documentos, analisam e verificam que está tudo em dia, garante.
A presidente do Coren-MS contou que assumiu o conselho em maio de 2010 e que trabalha na prefeitura desde 1995. Ela afirmou que cumpre o expediente da prefeitura e se dedica ao Coren nos horários vagos, como fim de semana, feriados e horário de almoço.
Quando assumi a presidência, tinham várias bagunças no conselho. Comecei a implantar várias coisas que não tinham. Como exemplo, antes de eu assumir, existiam 30 processos durante o ano. Atualmente, existem mais de mil, diz sobre processos internos e de licitações.
O Inquérito Civil que apura as possíveis irregularidades foi aberto no dia 21 de agosto deste ano e foi determinado pelo procurador da república Rodrigo Timoteo da Costa e Silva.