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Sidrolandia

Número de doadores de órgãos dobra em dez anos no Brasil, diz Saúde

Mais de 50% das famílias brasileiras, ao perder um ente, são favoráveis à doação de órgãos. Este é o maior índice de aprovação à doação do mundo.

Uol

25 de Setembro de 2013 - 16:00

Nos últimos dez anos, o Brasil dobrou o número de doadores, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira. Em dez anos, os transplantes aumentaram de 7.500 para 15.141 cirurgias.

Mais de 50% das famílias brasileiras, ao perder um ente, são favoráveis à doação de órgãos. Este é o maior índice de aprovação à doação do mundo. A aprovação da população à doação subiu de 6,5% em 2003, para 13,5% em 2012.

Em 2010, havia 59.728 na fila aguardando no Sistema Brasileiro de Transplantes. Eram pessoas já estavam prontas para a cirurgia e em avaliação médica. Já em 2013, houve uma redução neste número absoluto e no tempo de espera.

O ministério divulgou os dados durante evento para apresentar a Campanha Nacional de Doação de Órgãos e o balanço de transplante do primeiro semestre deste ano.

Nesta próxima sexta-feira (27) será comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, área em que o Brasil é considerado referência. Atualmente, 95% das cirurgias no país são realizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Maior sistema

Segundo Heder Borba, coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes, o Brasil é responsável pelo maior sistema público de transplante do mundo e os cuidados vão até os medicamentos que os pacientes precisam tomar. A sobrevida está relacionada ao acesso ao medicamento.

Atualmente, há 27 centrais de transplante, com experts do país todo, 1.000 equipes e 71 unidades de procura de órgãos. Em 2010 eram 12 unidades. Essas células são importantes porque coordenam as doações do órgão.

Quatro Estados estão sendo considerados com fila zero para transplante de córnea, em que o paciente recebe quase que imediatamente o transplante: São Paulo, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Outros sete reduziram o tempo para alguns meses. O transplante de córnea representa 60% das cirurgias.

Premiações

Durante o evento, a Força Aérea Brasileira recebeu Prêmio Pessoa Jurídica pela colaboração ao Sistema Nacional de Transplante.

Já o prêmio Pessoa Física ficou com o deputado Beto Albuquerque (PSB/RS), autor da Lei Pietro, sancionada em abril de 2009, e que institui a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. O nome foi em homenagem a seu filho, que morreu sem conseguir um doador compatível.