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Sidrolandia

OAB tem que ser maior que o dirigente, defende Alexandre Bastos

Bastos também encampa uma luta por eleições diretas para a escolha do Quinto Constitucional, grupo de advogados e membros do Ministério Público indicados para ocupar cargos de desembargador no TJ

Assessoria

29 de Outubro de 2012 - 11:00

 Respeito. Essa é a palavra chave da campanha do advogado Alexandre Bastos, 41, candidato à presidência da Seccional OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul).

O jurista criticou a postura de adversários que “priorizam a disputa” e defendeu uma “Ordem que seja maior que o dirigente”. Segundo ele, a entidade de classe deve empenhar-se, sobretudo, em melhorar a imagem da categoria perante a sociedade.

“Precisamos de uma OAB forte e que vá a nossa frente”, ponderou. Bastos se apresenta como um candidato independente dos grupos formados atualmente. Por isso considera-se uma via alternativa para os profissionais que vão às urnas no próximo dia 20 de novembro escolher o presidente para os próximos três anos. “Nossa chapa não tem compromisso com ninguém”, garante. “É preciso resgatar o respeito, o que nós não temos hoje. A Ordem tem que ser maior que os dirigentes”.

Essa crítica é motivada pelo que classifica como desgaste da profissão. “A nossa imagem profissional está muito desgastada e é diferente da imagem que a população tem da OAB”, avalia. “Queremos que o advogado seja respeitado assim como a OAB, não por sobrenome ou filiação política”. Para que isso ocorra, Bastos defende uma postura técnica por parte da entidade.

O candidato cita a campanha de combate à corrupção no Judiciário, lançada pela Ordem no ano passado, como exemplo de erro. Segundo ele, “a forma e a dose” da mobilização foram “absolutamente equivocadas”. “A OAB liderou isso só que não teve esse meio de combate efetivo, não abriu nenhum processo; a coisa não pode, de jeito nenhum, ser genérica. A OAB é técnica”, pontua. “Sou contra campanhas festivas. Nesse caso, o Judiciário se sente ofendido e o prejuízo é para o advogado, que sofre a retaliação”.

Bastos também encampa uma luta por eleições diretas para a escolha do Quinto Constitucional, grupo de advogados e membros do Ministério Público indicados para ocupar cargos de desembargador no TJ (Tribunal de Justiça). “Esse assunto não é muito ventilado porque faz parte do jogo conflituoso, mas isso não é demagogia e já estão fazendo isso em outros Estados”.

Outra proposta do jurista diz respeito ao aproveitamento da 1ª fase do Exame da Ordem para quem não tenha sido aprovado na 2ª.

Há ainda a meta de estabelecer anuidade zero para profissionais que estejam passando por dificuldades. Neste caso, um assistente social faria a avaliação. Se comprovada a insuficiência financeira, o benefício seria concedido. Segundo Bastos, isso depende de uma análise do caixa da OAB.

A chapa de Bastos não tem candidato à presidência da subseção de Dourados. No entanto, três dos postulantes ao Conselho Estadual e a advogada Noemi Mendes Siqueira Ferrigolo, 58, candidata ao Conselho Federal, são do município. A pretensa conselheira propõe uma casa do advogado na capital, destinada aos profissionais que viajam com frequência para a cidade e não têm onde ficar.