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Sidrolandia

Pantanal supera Amazônia e total de turistas estrangeiros cresce 12,1%

O perfil de quem chega à Mato Grosso do Sul em busca do ecoturismo e turismo de contemplação, em sua maioria, são jovens com a vida recém estruturada,

Campo Grande News

21 de Setembro de 2013 - 09:40

Pantanal sul-mato-grossense tomou o lugar da Amazônia como referência mundial em turismo ecológico e de observação, e é apontado pelos estrangeiros como destino favorito de quem busca usufruir do turismo ecológico e de observação.

Conforme o Ministério do Turismo, somente em 2012 43,8 mil estrangeiros passaram por Mato Grosso do Sul em busca de lazer. Em relação a 2011, quando 39,1 mil passearam por aqui, houve aumento de 12,1%. Fora Bolívia e Paraguai, que fazem fronteira com Corumbá e Ponta Porã, argentinos, peruanos, alemães, franceses e ingleses são os que mais procuram o Estado em busca de lazer, ainda conforme a pasta do turismo.

O perfil de quem chega à Mato Grosso do Sul em busca do ecoturismo e turismo de contemplação, em sua maioria, são jovens com a vida recém estruturada, que procuram viajar por um tempo prolongado e ver coisas que não existem no país de origem, conta o agente de viagens Gil Magalhães, que há 25 anos faz o intermédio da ida de estrangeiros para cidades turísticas brasileiras.

A constatação da preferência pelo Pantanal vem dos próprios gringos, que buscam no Brasil a biodiversidade única e diferenciada, e enxergam na região a possibilidade de desfrutar do território selvagem, o que pode não ser encontrado na região amazônica.

Uma família de Québec, no Canadá, escolheu Bonito para o passeio. “Estamos viajando há um mês. Fomos descendo e passamos pela Flórida e, no Brasil, começamos pelo Rio de Janeiro. Bonito entrou no roteiro porque não podíamos deixar de conhecer a natureza, os animais exóticos e as águas cristalinas”, conta Natalie, 49 anos. “Eles deveriam estar na escola, mas sei que as lições de biologia que vão aprender aqui vão valer muito mais do que um mês de aulas”, acrescenta Remi, 47 anos, apontando para os filhos adolescentes Hinry e Emil, de 14 e 16 anos.

 “O primeiro destino que veio à cabeça quando decidimos que a viagem seria para o Brasil foi a Amazônia. Mas quando começamos a pesquisar, percebemos que para atingir nosso objetivo, que seria encontrar os animais silvestres, fazer um passeio pela mata e dar de cara com uma onça, desfrutar dos rios e conhecer os peixes, ficamos com o Pantanal de Mato Grosso do Sul”, conta a britânica Nav, que no dia 17 desembarcou com o marido Sim no aeroporto internacional de Campo Grande.

Lá, foram recebidos por Gil, que, em seguida embarcaria o casal, ambos com 30 anos de idade, em uma van rumo ao Passo do Lontra. Com o tempo de experiência como agente de viagens, Gil relata com propriedade a preferência pela vinda ao nosso Estado. “Por aqui, é mais fácil encontrar uma família de araras fazendo algazarra na beira do rio do que uma família de pantaneiros. A gringaiada fica louca com isso”, conta Gil, que elenca, junto com o Pantanal, as cidades do Nordeste, o Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu como as mais procuradas por quem vem de fora do país.

“O Pantanal sul-mato-grossense entrou na rota mundial do turismo, principalmente Bonito, há 15, 16 anos. Antes, as pessoas viam o Brasil só como o país do Carnaval e do Futebol. Agora, quem busca relaxar e ver a natureza, vem para cá. Não existem belezas como as daqui em lugar nenhum do mundo”, reforça o diretor da secretaria de Turismo de Bonito, Clayton Castilho Gomes.