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Sidrolandia

Parque Tecnológico de Ponta Porã pode qualificar jovens do Paraguai para atender indústrias

Sérgio Longen ressaltou que neste ano o Paraguai passa a ter uma das maiores expectativas de crescimento do PIB, que varia entre 8% a 11%.

Daniel Pedra/Assessoria

23 de Setembro de 2013 - 15:51

Durante reunião nesta segunda-feira (23/09), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), para tratar do pré-projeto do Parque Tecnológico Internacional (PTIn) de Ponta Porã, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou que a iniciativa pode contribuir para formação de mão-de-obra qualificada de nacionalidade paraguaia com aproveitamento por parte de indústrias da região de fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai.

"Podemos usar como exemplo o programa brasileiro Mais Médicos, que tem a atuação de médicos cubanos no Brasil e seguir o mesmo molde para enfrentar a falta de profissionais qualificados na região", declarou.

Ele acrescentou ainda a questão da construção da linha de transmissão da Hidroelétrica Binacional de Itaipu para Assunção, capital do Paraguai, possibilitando que o tema energia seja promissor no escopo de atuação do PTIn. “Com constantes apagões, o Paraguai não consegue avançar no desejo de industrialização do país, o que cooperou para a criação de programas de segurança energética”, avaliou.

Sérgio Longen ressaltou que neste ano o Paraguai passa a ter uma das maiores expectativas de crescimento do PIB, que varia entre 8% a 11%. “Diante desse mercado potencial, já existem ações para apresentar as oportunidades de negócios oferecidas pelo Paraguai com a finalidade de aumentar a competitividade das indústrias sul-mato-grossenses”, concluiu.

Desafio

O senador Waldemir Moka ressaltou que a implantação do projeto é um desafio para a região, que luta contra o crime organizado. “Sou da fronteira e me comprometi em dedicar políticas públicas para a região. A nossa realidade hoje está marcada pelo contrabando e pelo tráfico de drogas, tomando as oportunidades dos nossos jovens de crescer e desenvolver, por isso a importância de criar essa alternativa, conduzir e gerar chances para que os jovens de desenvolvam”, comentou.

Já o deputado federal Vander Loubet aponta que o grande desafio dos municípios de Mato Grosso do Sul é a qualificação da mão de obra para ocupar as vagas que surgem no mercado de trabalho. “É um embate contra o tráfico e uma preocupação com o desenvolvimento social. O Parque Tecnológico vai mudar o conceito, relação e comportamento das pessoas que moram na região”, analisou.

O diretor-superintendente do PTI (Parque Tecnológico de Itaipu), Juan Carlos Sotuyo, destaca que a iniciativa criada em 2003 e instalada ao lado da Usina Hidrelétrica de Itaipu conta com espaços que possibilitam a promoção do conhecimento de forma integrada para a formação de adolescentes e jovens. “O PTI hoje é um dos motores de desenvolvimento social. Nós oferecemos todo nosso apoio e cooperação para dar continuidade a esse projeto, que será uma ferramenta para impulsionar a inovação, pesquisa e o desenvolvimento científico-tecnológico”, pontuou.

Trabalho em conjunto

Para o presidente do Sistema Fecomércio-MS, Edison Araújo, o trabalho em conjunto do setor produtivo, poder político e universidades representa a união de esforços e o comprometimento com o desenvolvimento do Estado. “A região da fronteira já faz parte das nossas ações e até o final de 2014 nós estaremos com uma unidade dentro do município para atender a demanda da educação profissional”, afirmou.

O assessor de projetos e capitação de recursos da Prefeitura de Ponta Porã, Roberson Moreira, declarou que a população anseia por soluções para os problemas com a falta de oportunidades para os jovens na região de fronteira e a perspectiva é acentuar as potencialidades do município para oferecer melhoria na qualidade de vida dos moradores. “O conhecimento gera riquezas e a implantação desse projeto vai ajudar a reescrever a história da nossa cidade”, disse, prevendo para 2014 os primeiros avanços no âmbito do Parque Tecnológico.

Também participaram da reunião o diretor-corporativo da Fiems, Jaime Verruck, o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, a reitora da UFMS, Celia Maria Silva Corrêa Oliveira, o diretor da Famasul, Rogério Bereta, a assessora de projetos da UEMS, Vera Lucia Almeida, o chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber Soares, entre outros.