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Sidrolandia

Pequenos comerciantes se assustam com risco de pagarem taxa de publicidade

O aposentado José Rodrigues tem uma mercearia na Rua Oscar Pereira de Brito e faz questão de recolher todos os anos o alvará de funcionamento.

Flávio Paes/Região News

22 de Janeiro de 2017 - 22:01

Se a reação dos grandes empresários, com estabelecimentos comerciais no centro da cidade, foi de rejeição total diante da possibilidade de pagarem mais uma taxa (a de publicidade), o sentimento entre os pequenos comerciantes é de absoluta indignação já que em alguns meses a receita dos seus negócios é insuficiente até para cobrir custos e repor os estoques. “Não tem cabimento criar uma nova taxa. A gente já paga muito caro de água, luz, taxa do lixo”, reage dona Marta Flores Rodrigues da Silva, que toca sozinha seu pequeno negócio, a Frut Verde no Jardim Alfa.

“Tudo é mais caro para comércio. A taxa de iluminação pública residencial é de R$ 25,00, a do comércio é de R$ 50,00. Pensei em contratar um funcionário, mas desisti por causa dos encargos que são muitos caros”.

Caso seja obrigado a pagar a taxa de publicidade, o microempresário Gelvani Calheiros, não tem dúvida: simplesmente retirar a placa de identificação da sua bicicletaria, negócio que mantém há 13 anos. As dificuldades o levaram a reduzir de três para um o número de funcionários. “Ao invés de novas cobranças, o prefeito deveria incentivar abertura de novas empresas”, avalia. Ele reclama da falta da sinalização das ruas e desconhece onde se gasta o dinheiro de tanto imposto cobrado da população.

O aposentado José Rodrigues tem uma mercearia na Rua Oscar Pereira de Brito e faz questão de recolher todos os anos o alvará de funcionamento. Ele considera um absurdo a cobrança de novos tributos e avalia a possibilidade de fechar o negócio e viver apenas da aposentadoria. Hoje tem um fatura bruto de R$ 1 mil por mês, pagando em torno de R$ 365,00, de água, luz e taxa de lixo.