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Sidrolandia

Perito da Polícia Civil apresenta em Brasília método americano que mede velocidade de colisão

De acordo com o perito, essa técnica ainda não utilizada no País, consiste em mais uma ferramenta para reproduzir o cenário, de um acidente

PCMS

16 de Setembro de 2013 - 16:56

O perito criminal Emerson Lopes dos Reis, da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, participa em Brasília (DF) até o dia 19 de setembro, do XXII Congresso Nacional de Criminalística. No encontro, o profissional ministra palestra com o tema “Introdução à energia, e energia absorvida a partir dos danos no veículo”.

O evento tratará de assuntos relacionados a todas as áreas da perícia como, balística, documentoscopia, química forense, DNA, informática, análise de vídeos, fonética forense, identificação veicular, acidentes de trânsito, crimes contra a vida e patrimônio, papiloscopia e laboratórios forenses, entre outros. Além disso, é objetivo deste evento discutir e divulgar assuntos estratégicos à perícia brasileira, como a política nacional pela valorização da atividade pericial.

O tema apresentado pelo representante do Estado trata da área de acidente de trânsito, demonstrando o método desenvolvido pelos órgãos periciais americanos, capaz de dimensionar a velocidade de colisão entre veículos a partir do grau de deformação da estrutura do mesmo. O perito de Mato Grosso do Sul teve acesso à metodologia inovadora, a partir de uma capacitação realizada no mês de maio deste ano, em Las Vegas.

De acordo com o perito, essa técnica ainda não utilizada no País, consiste em mais uma ferramenta para reproduzir o cenário, de um acidente. “Quando um veículo colide com outro, ele deforma, amassa, então, a partir deste método é possível calcular o quanto de energia foi utilizada para causar determinada deformação e por meio dessa energia, conseguimos identificar a velocidade do veículo, no momento do choque”, detalhou Reis.

Para a área pericial essa informação é muito importante. Hoje dispomos de vários métodos de cálculo de velocidade. Os mais utilizados no Brasil são baseados na distãncia de frenagem, comentou o perito. “Mas com a evolução tecnológica, a tendência é que todos os veículos passem a dispor do freio ABS, por exemplo, mecanismo mais seguro e que nem sempre deixa marcas de frenagem no asfalto”, ressaltou.

Para o coordenador-Geral de Perícias, perito Nelson Firmino o metodologia americana é mais fidedigna em termos de resultados no cálculo da velocidade, especialmente em situação que não há incidência de frenagem. “É uma técnica relevante, mas precisa de adequação para a realidade brasileira e treinamento para que seja uma prática incorporada ao cotidiano à perícia”, comentou.