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Sidrolandia

Polícia quer sigilo em investigação de morte de vereador

O inquérito sobre o caso está na 1ª Delegacia de Polícia Civil, a cargo da delegada Roseman Rodrigues

Campo Grande News

28 de Outubro de 2010 - 09:49

A Polícia Civil decidiu que vai pedir sigilo nas investigações sobre o assassinato do presidente da Câmara de Vereadores Carlos Antônio Carneiro, 40 anos, executado em Campo Grande, na terça-feira, na avenida Afonso Pena.

A informação foi dada esta manhã pelo delegado Miguel Said, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Segundo ele, a decisão é para não atrapalhar os trabalhos de apuração.

O inquérito sobre o caso está na 1ª Delegacia de Polícia Civil, a cargo da delegada Roseman Rodrigues, deve ser fechado e encaminhado ao Ministério Público Estadual no prazo de dez dias, contados a partir da abertura, mesmo sem a definição do mandante do crime.

Isso vai ocorrer, explicou o delegado, por causa da existência de presos no caso, Ireneu Maciel, 37 anos, que confessou ter disparado os tiros que mataram o vereador, Aparecido Souza Fernandes, 34 anos, piloto da moto usada pela dupla, e Valdemir Valsan, apontado por Ireneu como o contratante do crime de pistolagem. Eles não revelaram quem encomendou a morte do vereador, e prometeu pagar R$ 20 mil ao atirador, dos quais R$ 3 mil teriam sido pagos como entrada, segundo o depoimento de Ireneu.

Segundo as explicações dadas hoje pela Polícia Civil, o inquérito será fechado com os dados colhidos até o prazo de dez dias e depois será feita a complementação, que tem prazo inicial de 30 dias.

Mais uma vez, houve cautela em relação à acusação feita pelo pai da vítima, o vice-prefeito de Alcinópolis, Alcino Carneiro (PDT), contra o prefeito da cidade, Manuel Nunes da Silva (PR).

Manuel prestou depoimento ontem, em local não informado, e segundo a Polícia Civil, não é considerado suspeito de ser o mandate do crime.

O pai de Carlos Antônio declarou que o prefeito fez ameaças ao filho, dois meses atrás, por conta de desavenças políticas entre os dois.

Documentos foram apreendidos no carro do vereador morto e segundo o pai são relativos a denúncia que ele apresentaria contra o prefeito. A polícia não confirma o teor.

O prefeito não está convernsando com a imprensa, orientação que teria vindo da própria polícia.