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Sidrolandia

População de Ivinhema sofre com lixão abandonado pela Prefeitura a 3 km da cidade

O lixão de Ivinhema já ocupa parte da estrada municipal conhecida como Linha Vitorinha e que é a única via de acesso para os pequenos produtores da região

Nicanor Coelho

17 de Janeiro de 2011 - 15:00

A população de Ivinhema, cidade distante 350 Km de Campo Grande está sofrendo com os problemas causados pelo lixão a céu aberto que fica pouco mais de 3 km da Praça Nelito Câmara.

Todo o lixo doméstico, industrial e hospitalar de Ivinhema é depositado sem nenhum tipo de preocupação com o meio ambiente numa área de cerca de dez hectares na Linha Vitorinha onde moram dezenas de famílias em pequenas chácaras.

O aposentado Avacir Vicente dos Santos é dono de uma das chácaras próximas ao lixão e diz os caminhões depositam o lixo de qualquer jeito e já está chegando às margens do Córrego Vitórinha que corre o risco de ser poluído com o chorume.

O lixão de Ivinhema já ocupa parte da estrada municipal conhecida como Linha Vitorinha e que é a única via de acesso para os pequenos produtores da região.

Pedro Alves dos Santos faz parte do exército de pessoas que diariamente vão até o lixão para coletar materiais como latinhas de alumínio, papelão e garrafas PET para vender nas empresas de recicláveis. Pedro disse que chega a ganhar até R$ 25,00 por dia com a coleta, mas afirma que “aqui é lugar de gente trabalhar”.

A empregada doméstica Maria Aparecidas Ferreira Cintas disse que muitas vezes a fedentina do lixão chega a algumas partes da cidade. “Até agora as autoridades não tomaram nenhuma providência para acabar com o problema”, disse a doméstica ao lembrar que “as pessoas nem se lembram desse lixão que fica escondido da população”.

Avacir conta que há dez anos comprou a sua chácara e a cada dia que passa diminuiu o valor de venda por causa do lixão. “Tem um vizinho que trabalha com a criação de peixes e tem medo de que o lixo prejudique o seu negócio”, disse ele.

O vereador Valdemar Ângelo (PDT) disse que há muito tempo existe um projeto para a construção de um aterro sanitário dentro das normas ambientais através de um consórcio entre as Prefeitura de Ivinhema e Angélica com o apoio de uma usina de açúcar e álcool.

“Até agora o projeto não saiu do papel e a nossa cidade comete este crime ambiental sem que os responsáveis sejam punidos”, disse Ângelo ao lembrar que “os ivinhemenses não merecem este castigo”.

O Midiamax tentou falar com o prefeito Renato Câmara na Prefeitura que deu férias coletivas para os servidores públicos e deve voltar do recesso somente no dia 31 de janeiro conforme determinação do próprio prefeito que está fora do município em férias com a família.