Sidrolandia
Por reajuste, terceirizados da Enersul suspendem leitura e manutenção
A briga pelo reajuste salarial afeta todo o Estado. Em Campo Grande, são 350 funcionários entre leituristas e eletricistas parados.
Campo Grande News
20 de Novembro de 2012 - 16:25
Os funcionários da empresa Engelmig, que presta serviços para a Enersul cruzaram os braços nesta terça-feira e já anunciam greve a partir de segunda se não houver negociação. Desde as 7h da manhã, leituristas e eletricistas estão em frente à empresa em protesto a contra a proposta de reajuste apresentada.
A categoria pede que o salário seja equivalente ao piso, de no mínimo, R$ 1.350. A empresa propôs reajuste de 4% em cima de R$ 622, o que foi considerado irrisório, pelos trabalhadores.
Estamos brigando pelo piso já tem alguns anos. A contraproposta deles foi apresentada ontem à noite, hoje cedo nos reunimos e ela foi reprovada pelos trabalhadores, relatou o secretário geral do Sindicato, Natanael Cavalheiro.
A briga pelo reajuste salarial afeta todo o Estado. Em Campo Grande, são 350 funcionários entre leituristas e eletricistas parados.
A categoria em Dourados, que corresponde a 130 trabalhadores, deve paralisar logo mais, ao meio-dia. Em todo o Estado, os terceirizados que prestam serviço para a concessionária de energia passam de 500.
O sindicato espera até segunda-feira para negociação, caso contrário, iniciam a greve. Se até lá não melhorar a proposta, vamos entrar em greve por tempo indeterminado, reforça Natanael.
Com a paralisação desta terça-feira, logo pela manhã, a empresa já tinha oferecido 5% de reajuste. O que também foi negado pela categoria. A luta pelo salário base é antiga, dizem os funcionários.
É irrisório este aumento. São R$ 26 muito abaixo da expectativa. O salário já está muito defasado, comentou o leiturista Márcio Silva, 33 anos.
Para quem trabalha na área há mais de 15 anos, como o leiturista Marcelo Oliveira, 31 anos, agora não tem como voltar atrás.
Estamos reivindicando equiparação com o salário dos funcionários da Enersul. Somos contratados como terceirizados, mas tratados como quinterizados. Só o ticket deles é R$ 700, é uma diferença muito grande. E a gente leva o nome da Enersul, o consumidor abre a porta para a gente, vendo a Enersul. Não temos plano de carreira. Isso é um desabafo, finaliza.
A cidade de Corumbá também vai paralisar durante a tarde. Com a adesão do município, serão três das principais cidades que interrompem o serviço de manutenção e leitura de relógio de luz.