Sidrolandia
Prefeito dá puxão de orelhão público em assessores petistas por falta de projetos
Diante do questionamento, Ari Basso lembrou a Vadinho que ele é o prefeito, mas a responsabilidade de planejar e elaborar os projetos são do PT.
Flávio Paes/Região News
13 de Fevereiro de 2014 - 08:55
Foto: Marcos Tomé/Região News
Na reunião que manteve terça-feira com um grupo de lideranças dos assentados, quando foram cobrar dele o custeio do escoamento da produção como se fazia até 2012, o prefeito Ari Basso não teve dúvidas de aplicar um puxão de orelha público no diretor do departamento de Planejamento, Márcio Marquetti e no secretário de Desenvolvimento Rural, Cezar Queiroz, diante as críticas do vereador petista Edivaldo dos Santos, de que os recursos não estariam chegando porque o prefeito não teria pleiteado.
Em 2013, o Incra tinha disponíveis R$ 43 milhões para os assentados de Mato Grosso do Sul e Sidrolândia foi o único município do Estado a não apresentar projetos, disparou o vereador tentando imputar ao prefeito a responsabilidade exclusiva pela situação.
Diante do questionamento, Ari Basso lembrou a Vadinho que ele é o prefeito, mas a responsabilidade de planejar e elaborar os projetos são exatamente de dois assessores (Marquetti e Cezinha), ambos da cota do PT, responsáveis pela elaboração de projetos para pleitear os supostos recursos federais disponíveis destinados à agricultura familiar.
O secretário de Desenvolvimento Rural, o único presente na reunião, procurou se eximir de responsabilidade garantindo que encaminhou alguns projetos ao seu colega do planejamento e de PT. Depois de lembrar que o PT está no comando das questões relacionadas aos assentados na administração municipal, o prefeito colocou em dúvida a abundância de recursos federais colocados à disposição das prefeituras.
Tem muita propaganda. Pelo que sei nenhuma prefeitura recebeu este dinheiro todo que o Incra diz existir. Na conta de vocês, alguém depositou alguma coisa?, questionou dirigindo-se aos assentados presentes. Se de fato este dinheiro chegar, com certeza vamos executar os projetos, garantiu.
O próprio Marcio Marquetti já reconheceu a dificuldade para tornar realidade os projetos aprovados, inclusive, com recursos empenhados. Um exemplo desta situação é a construção da central de comercialização dos produtos da agricultura familiar, viabilizado desde 2012.
A Prefeitura destinou uma área de meio hectare na saída para Campo Grande, há dois anos foram empenhados R$ 450 mil liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e há uma emenda de mais R$ 450 mil junto à Sudeco, recuperado ano passado, depois de ter sido cancelada.
Até agora a Prefeitura não conseguiu licitar a obra porque o projeto está travado na Caixa Econômica Federal. Já encaminhamos três vezes o projeto, acrescentado documentos solicitados anteriormente, mas continua emperrado, admite Ari Basso.
Na mesma situação está o projeto de construção de uma praça poliesportiva no conjunto Morada da Serra. O convênio, no valor de R$ 243.750,00, foi assinado em 31 de janeiro de 2012 e até agora, não saiu do papel.