Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sábado, 20 de Abril de 2024

Sidrolandia

Prefeito diz que vai deixar dinheiro em caixa para pagar 13º de contratados da educação e salário de dezembro

Para entregar a gestão com o menor passivo possível, o prefeito adotou medidas duras a partir de novembro, como a demissão de 300 contratados.

Flávio Paes/Região News

22 de Dezembro de 2016 - 15:29

O prefeito eleito Marcelo Ascoli terá recurso em caixa para pagar até o 5º dia útil de janeiro, a rescisão dos comissionados (com exoneração decretada), 13º e férias dos servidores contratados da educação, além do salário de dezembro dos servidores concursados. Pelo menos é o que garante o prefeito Ari Basso que já determinou o pagamento de todas as despesas que devem somar mais de R$ 3 milhões.

“São repasses referentes a dezembro, mas com liberação na primeira semana do mês que vem”, destaca o prefeito, que contabiliza para o dia 30 o recebimento de R$ 1.695.674,27, incluindo os 25% do Fundeb, valor referente à multa da repatriação. No mesmo dia cai na conta da Prefeitura a última parcela do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) que somados os três repasses mensais, somará em dezembro pouco mais de R$ 2,1 milhões.

Na avaliação de Ari, este cenário é bem diferente do que foi deixado pelo ex-prefeito Daltro Fiuza, que não provisionou recursos para a folha de dezembro de 2012, nem as rescisões dos quase 200 comissionados, incluindo todo o primeiro escalão que só foram pagas ao longo de 2013 já na gestão do PSDB.

Na época a queixa dos tucanos é de que Daltro deixou uma dívida de curto prazo de R$ 8,3 milhões (incluindo R$ 3,3 milhões do salário do último mês do ano); R$ 725 mil em precatórios. Fiuza retrucou dizendo que em 2005 recebeu a Prefeitura com dívida de R$ 11,1 milhões deixados por Enelvo Felini.

Para entregar a gestão com o menor passivo possível, o prefeito adotou medidas duras a partir de novembro, como a demissão de 300 contratados, incluindo 15 médicos, o que restringiu o atendimento nas unidades básicas de saúde. Desde o dia 12, as repartições estão em recesso e só à unidade central de saúde funciona.

Servidores efetivos perderam os cargos e alguns órgãos, como a Fundação de Cultura e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, estão sem titulares. Nos meses de novembro e dezembro o caixa da Prefeitura terá recebido repasses extras em torno de R$ 5,5 milhões, incluindo o adicional de 1% do FPM liberado mês passado, o recurso e a multa da repatriação.