Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 28 de Março de 2024

Sidrolandia

Prefeitura espera há um ano por aval da Caixa para iniciar construção da Ceasa

Como o orçamento da obra foi elaborado há mais de um ano, provavelmente a planilha terá de ser atualizada.

Flávio Paes/Região News

31 de Agosto de 2015 - 07:45

Embora com parte do dinheiro em caixa desde o início do mês e o processo de licitação homologado desde julho de 2014, a Prefeitura de Sidrolândia espera há mais de um ano pela autorização da Caixa Econômica Federal para determinar a empreiteira, Construtora São Braz, que inicie a construção da Unidade de Apoio de Distribuição de Alimentos da Agricultura Familiar. A Ceasa está projetada para um terreno de 4 mim metros quadrados, vizinho ao quartel da guarnição do Corpo de Bombeiros que será inaugurada nesta terça-feira.

A expectativa do Departamento de Planejamento da Prefeitura é de que a autorização seja concedida nas próximas duas semanas. Desde o último dia 04 houve a liberação da primeira parcela dos recursos, R$ 175.600,00, de um total de R$ 450 mil. A verba está prevista num convênio firmado com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, publicado no dia 17 de janeiro de 2013, que prevê uma contrapartida da Prefeitura de R$ 10 mil.  

Com a liberação deste recurso, a empreiteira manteve parte do pessoal que trabalhou no prédio dos bombeiros (pelo qual também foi responsável pela construção). Enquanto a obra não começa, parte dos 15 funcionários recrutados estão trabalhando nas obras do centro de educação infantil no Residencial Altos da Figueira.   

Como o orçamento da obra foi elaborado há mais de um ano, provavelmente a planilha terá de ser atualizada. A Construtora São Braz venceu a licitação com a proposta de construir a central de abastecimento ao custo de R$ 388.148,00. Numa segunda etapa está prevista a construção de uma unidade de separação e classificação dos produtos com 450 metros quadrados. Já há um recurso empenhado de R$ 450 mil junto à Superintendência Nacional do Centro-Oeste (Sudeco).

O projeto do Ceasa se arrasta desde 2011, quando a Prefeitura desafetou 9 mil metros quadrados para a construção da central. Em 2013 houve um desmembramento da área, com a destinação de metade para a construção do quartel dos bombeiros. Chegou a ser cogitada a retomada de uma área vizinha (doada em 2010 para a Pavilândia) para restabelecer os 9 mil metros quadrados reservados. Embora a empresa ainda não tenha iniciado a construção da sua unidade industrial, a área não foi retomada.

A Prefeitura planeja entregar a administração da futura Ceasa a uma cooperativa de pequenos produtores. Hoje toda a produção de frutas, legumes e verduras nos assentamentos de Sidrolândia abastecem supermercados de Campo Grande. Muita pouca coisa é comercializada nos mercados da cidade que compram de atacadistas da Capital.

Com a Central de Comercialização, os agricultores familiares terão condições de obter uma margem de lucro maior, porque levarão sua produção já separada e classificada. “Muita gente de outras cidades poderia comprar em Sidrolândia”, acredita Dilson Wanderli, assentado do Eldorado, que mantém uma horta de 1,5 hectare, produção média de 500 caixas por semana vendidas na Capital.