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Sidrolandia

Prefeitura pede autorização do Ministério e espera inaugurar prédio da UPA até dia 28

Além de funcionar 24 horas, a UPA terá equipamentos de raios-x, eletrocardiograma, laboratório de analises clínicas.

Flávio Paes/Região News

20 de Dezembro de 2016 - 09:11

A Prefeitura de Sidrolândia está na expectativa da autorização do Ministério da Saúde para inaugurar até o próximo dia 28 o prédio da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) que nos próximos dias receberá da empreiteira responsável por sua construção.

A demora para conexão da rede de energia que se arrastou desde setembro porque a Energisa exigiu a troca do padrão, comprometeu a pretensão de colocar a unidade em funcionamento ainda em 2016.

Esta responsabilidade será do futuro prefeito, Marcelo Ascoli que terá o desafio de buscar parceria com o Governo do Estado para sua manutenção estimada em até R$ 800 mil por mês, bem mais caro que os R$ 300 mil que custa para manter aberta a Unidade Central de Saúde das 6 das manhã até às 22 horas.

“Queremos deixar o prédio com todos os equipamentos que já foram comprados e devem ser entregues nos próximos dias. A empreiteira ainda tem uma última medição para receber e estão sendo feito ajustes numa das calhas”, informa o prefeito Ari Basso. Ele reconhece que seria impossível qualquer tentativa de colocar a UPA em funcionamento. Por exemplo, só agora começaram as obras de prolongamento da Avenida Antero Lemes que servirá de acesso à nova unidade.

Além disso, a Secretaria de Saúde avalia que será preciso promover um processo seletivo específico para recrutamento de pessoal (médicos e pessoal de apoio). Será um formato diferente do sistema de plantão usado para o recrutamento de pessoal da unidade central de saúde aberta todos os dias das 6 das manhã a meia-noite, basicamente como ambulatório, onde são feitas consultas, alguns exames simples, mas não há por exemplo, estrutura para estabilizar os pacientes, onde eles possam ficar em observação, tomar soro ou fazer um curativo. Nestas situações, são encaminhados para o hospital. Além de funcionar 24 horas, a UPA terá equipamentos de raios-x, eletrocardiograma, laboratório de analises clínicas.

Mais do que a entrega do prédio e equipamentos, o maior entrave para o funcionamento da UPA é o seu formato. A Secretaria Estadual de Saúde há seis meses se esquiva do compromisso de firmar convênio para ajudar no custeio da unidade e com isto, abrir precedente para que outras prefeituras (como a de Ponta Porã e Aquidauana, que tem estruturas semelhantes ociosas) cobrem o mesmo tratamento dispensado a Sidrolândia.

O secretário Nelson Tavares avalia que o melhor caminho seria abrigar no prédio a Unidade Central, o Centro de Especialidades Médicas e até o Centro de Especialidades Odontológicas. Há dúvidas se Sidrolândia teria demanda para justificar uma segunda estrutura de pronto atendimento (além da existente no hospital) embora tenha mais de 50 mil habitantes.

Para isto é necessário o aval do Ministério da Saúde que não só poderia cobrar a devolução do investimento realizado (R$ 2,2 milhões entre construção e equipamentos), mas rejeitar a habilitação e com isto a Prefeitura não teria o repasse mensal de R$ 100 mil para o custeio.

O próprio prefeito eleito Marcelo Ascoli não parece convencido de que o modelo de UPA seja viável. “Há centenas de unidades semelhantes por todo o País com problema de funcionamento”, limita-se a afirmar, dizendo que sua única certeza é que a população continuará tendo o atendimento 24 horas.