Sidrolandia
Prefeitura recorre a PPP para resolver problema de drenagem na Antero causado por pés de fícus
Na estação rodoviária, onde há vários exemplares fazendo o sombreamento do entorno, a árvore destruiu a calçada e provoca problemas nas instalações sanitárias
Flávio Paes/Região News
03 de Dezembro de 2015 - 17:38
A raiz de um exemplar de fícus, plantado na Rua Rio Grande Norte, cresceu tanto que acabou entrando no sistema de drenagem da Avenida Antero Lemes, obstruindo a boca de lobo por onde escoava a enxurrada. Resultado, a água da chuva acabava empoçada, trazendo transtornos aos moradores, prejudicando o trânsito e a passagem de transeuntes.
A Prefeitura teve recorrer a uma parceria com empresários para resolver o problema. Parte da tubulação teve de ser retirada e está sendo substituído, serviço que acabou forçando a interdição do tráfego numa das pistas já quase no cruzamento com a Rua Grande do Norte. Segundo o prefeito Ari Basso (PSDB), este problema da Antero Lemes não é o único transtorno que exemplares de fícus estão provocando na cidade, devido à forma agressiva como sua raiz se desenvolve.
Na estação rodoviária, onde há vários exemplares fazendo o sombreamento do entorno, a árvore destruiu a calçada e provoca problemas nas instalações sanitárias. A Prefeitura chegou a cogitar arrancá-las e trocar por outras espécies, mas acabou recuando diante da oposição de alguns setores da opinião que se dizem ambientalistas.
Em algumas cidades do País, como Lucélia, interior de São Paulo, a Prefeitura proibiu o plantio da espécie por causa dos danos que suas raízes provocam nas calçadas e pavimentos. O fícus é uma árvore popular, utilizada principalmente na decoração de ambientes internos. Com caule acinzentado, raízes aéreas e ramos pêndulos, ela tem crescimento moderado a rápido e, em condições naturais, chega a 30 metros de altura.
Os frutos pequenos e vermelhos são decorativos e atraem passarinhos. Suas raízes agressivas e superficiais chamam a atenção, e não raramente racham vasos e pavimentos. Outro problema da espécie em questão é a seiva da fícus, que é leitosa e tóxica, podendo provocar irritações e alergias na pele.