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Sidrolandia

Pressionados pela queda de FPM, prefeitos apostam no rateio de R$ 120 milhões para garantir recapeamento

Prefeitos estão na expectativa de serem contemplados com alguma fatia dos R$ 120 milhões reservados para o recapeamento de áreas urbanas.

Flávio Paes/Região News

18 de Agosto de 2013 - 20:08

Coadjuvantes na festa de lançamento do bilionário pacote de obras  do governador André Puccinelli orçado em R$ 3,6 bilhões, os prefeitos estão na expectativa de serem contemplados com alguma fatia dos R$ 120 milhões reservados para o recapeamento de áreas urbanas e construção de contornos rodoviários.

Com queda nos repasses, dificuldades para obter recursos federais que por enquanto são apenas promessas, os prefeitos eleitos ano passado estão limitados a segurar despesas e gerenciar o pagamento dos servidores. Esta ajuda estadual é fundamental para os gestores municipais mostrarem serviço neste primeiro ano de administração.

“Este é um ano perdido em termos de investimento. É preciso cautela para manter as despesas sob controle, garantir os serviços essenciais e o pagamento dos servidores em dia”, observa a prefeita de Deodápolis, Maria Viana, que até agora, ainda não conseguiu pagar o salário atrasado de dezembro herdada da gestão anterior. O 13º foi parcelado em seis meses.

Em outubro paga a sexta parcela do 13º salário (que também não foi pago) e a partir daí começa a quitar dezembro. A situação se complicou porque em fevereiro o INSS bloqueou R$ 240 mil do FPM valor referente às contribuições previdenciárias não recolhidas no último trimestre. A folha de pagamento hoje gira em torno de R$ 940 mil (com encargos), o dobro do FPM, que em julho, foi de R$ 410 mil.

A prefeita espera que o município seja contemplado com o recapeamento da Avenida Deodato Leonardo da Silva, continuidade da MS - 276 que corta a área urbana. O prefeito de Antônio João, Selso Lozano (PT), já foi contemplado com o recapeamento da avenida principal da cidade, prolongamento da MS-384, ligação com Ponta Porã.

O prefeito já demitiu 100 funcionários, extinguiu quatro secretarias e reduziu em 20%  o próprio salário, do vice-prefeito e do primeiro escalão. As mesmas dificuldades foram relatadas pelos prefeitos de Paranhos, Júlio Cesar, de Jatei, Arilson Nascimento e Itaporã, Wallas Milfont (PDT). A comunidade de Jateí espera pelo recapeamento e a construção de um novo  trevo no acesso ao município.  Confira a reportagem.