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Sidrolandia

Produtor teme por segurança de propriedade rural em Dourados

Segundo ele, recentemente o local tem sido alvo de pessoas mal-intencionadas que utilizam a área para furtar e ingerir bebidas alcoólicas.

Dourados Agora

15 de Outubro de 2012 - 13:11

O produtor rural José Wilson Gancedo teme pela segurança de sua propriedade localizada nas imediações da Reserva Indígena de Dourados, próxima à Aldeia Bororó. Segundo ele, recentemente o local tem sido alvo de pessoas mal-intencionadas que utilizam a área para furtar e ingerir bebidas alcoólicas.

Ele conta que nos últimos 30 dias, o problema se agravou. A bateria nova de um trator e o motor de um triturador foram furtados e há quatro dias a porteira foi aberta propositalmente, para que seu rebanho bovino escapasse. Uma dúzia de vacas fugiram e algumas delas foram encontradas a cerca de 12 quilômetros.

“Realmente tem sido um problema e eu não sei mais o que faço. Sempre tive um bom relacionamento com todos os moradores da região; estou ali há 24 anos. Estes últimos incidentes têm me preocupado, pois nunca nada do tipo havia acontecido. Comecei a registrar coisas assim de dois anos pra cá”, explicou Wilson.

O produtor relatou que ontem foi comunicado por seu funcionário que uma vaca leiteira havia morrido. “Fui verificar juntamente com um veterinário e fiquei estarrecido. O animal foi morto a machadadas na cabeça. O caseiro disse que viu um rapaz correndo com um machado rumo a aldeia, mas não conseguiu abordá-lo”, afirmou.

Segundo Wilson, as pessoas entram na propriedade que fica situada em uma reserva legal, para utilizar o córrego que por ali passa, contudo, muitas rompem as cercas utilizando ferramentas como facão e machados, e aproveitam para roubar os arames e palanques. Alguns até derrubam árvores que devem ser preservadas.

“Eu até fiz pequenas passarelas para que todos pudessem chegar ao riacho e usá-lo para pescar, tomar banho e lavar roupas, porém, não é isso que vem acontecendo. Ali é possível encontrar latas de cervejas, garrafas, bitucas de cigarro. Depois destes acontecimentos, estou restringindo o acesso à propriedade”, relatou.

Ele conta que já acionou autoridades. “A Polícia Civil e a Força Nacional estão tentando me ajudar, mas está complicado. Divido os cerca de 20 alqueires com meus irmãos e estamos em alerta. Minha mulher desistiu de morar lá por medo. Ela teme por sua segurança e assim como todos, espera que as coisas se resolvam da melhor maneira”.