Sidrolandia
Proposta promete aumentar número de alunos no ensino superior
A parlamentar lembra que o Plano Nacional de Educação tem como meta incluir 30% dos brasileiros entre 18 e 24 anos no ensino superior até 2011
Jornal da Câmara
04 de Agosto de 2010 - 08:12
A proposta de regulamentação das Instituições Comunitárias de Educação Superior (Ices) deve ampliar o número de jovens no ensino superior, segundo a deputada Maria do Rosário.
A parlamentar lembra que o Plano Nacional de Educação tem como meta incluir 30% dos brasileiros entre 18 e 24 anos no ensino superior até 2011.
Segundo a deputada, o próximo plano, com metas para 2021, deve prever que cerca de 45% dos jovens estejam na universidade. Hoje, essa proporção não passa de 14%.
Para alcançar tais objetivos, temos de continuar investindo cada vez mais na educação pública e, além disso, garantir uma alternativa viável, que é a educação comunitária, afirma.
Para o presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias, Vilmar Thomé, o poder público não tem condições de, sozinho, alcançar essas metas.
Contudo, em parceria com instituições de caráter público, como as comunitárias, podemos dar um salto em relação à inclusão de nossos jovens na educação superior, defende.
Conforme dados do Ministério da Educação, o custo médio de um aluno do ensino superior público chega a R$ 11.820, por ano.
O presidente da Abruc assegura que as parcerias com instituições comunitárias não representarão aumento de gastos.
O custo de manutenção de um estudante em uma instituição comunitária seria menor ou, no mínimo, igual ao valor gasto hoje pelo poder público, sustenta.
Qualidade dos cursos - Para Vilmar Thomé, a oferta de vagas pelas universidades comunitárias também não acarretará perda de qualidade do ensino.
Segundo ele, essas instituições oferecem cursos de qualidade técnica comparáveis à das universidades públicas.
O Inep utiliza como parâmetro de avaliação dos cursos de graduação e pós-graduação o Índice Geral de Cursos.
Esse indicador varia de 1 a 5, a depender da qualidade da faculdade avaliada.
Não há dados oficiais específicos sobre as escolas comunitárias, mas o secretário-executivo da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil, Dilnei Lorenzi, afirma que nenhum desses centros tem curso com IGC inferior a 3.