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Sidrolandia

Puccinelli anuncia abertura de sigilos bancário e fiscal

O governador acrescenta ao documento que estão disponíveis também as informações atuais de sua vida financeira

Campo Grande News

24 de Setembro de 2010 - 17:00

Em entrevista coletiva nesta tarde, o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), candidato à reeleição, anunciou que está abrindo mão de seu sigilo bancário, fiscal e financeiro e que já tomou providências em relação a isso junto ao MPE (Ministério Público Estadual). Foi mais uma resposta à polêmica criada após a divulgação de vídeo em que o jornalista Eleandro Passaia, ex-secretário municipal de Dourados, aparece conversando com o deputado Ary Rigo (PSDB), sobre repasses aos outros poderes.

Puccinelli apresentou aos jornalistas um documento enviado por ele ao MPE em que afirma que a decisão é “em abono ao interesse público, à moralidade, à transparência e a preservação da honorabilidade do sobrenome Puccinelli”.

O documento informa que, assim como fez em 2007, quando foi eleito governador, Puccinelli está entregando ao MPE as declarações de renda entre 1997 e 2007; os extratos de movimentação bancária em quatro instituições financeiras do mesmo período e a declaração anual do produtor de 1996 a 2007.

O governador acrescenta ao documento que estão disponíveis também as informações atuais de sua vida financeira. “Reafirmo a entrega de todos os documentos e abro mão, novamente, do meu sigilo bancário, fiscal e financeiro de qualquer período de minha vida pública até esta data”, afirma o documento assinado por ele.

Puccinelli disse que optou por conceder uma nova entrevista a respeito do tema por considerar que as afirmações feitas anteriormente, em nota oficial do governo e em entrevista exibida em rede nacional, por considerar que as informações não tiveram o alcance esperado.

Interpelação - O governador também informou que apresentou uma interpelação judicial contra o deputado Ary Rigo (PSDB). Ele terá 48 horas para prestar esclarecimentos sobre as declarações.

No pedido da interpelação, o governador argumenta que o diálogo gravado “representa ofensa direta à moralidade da Administração Pública Estadual, tanto no que se refere à atuação do Poder Executivo quanto do Poder Judiciário”.