Sidrolandia
Puccinelli e Paulo Duarte voltam a trocar farpas sobre aumento de impostos
Midiamax
26 de Outubro de 2010 - 10:18
O governador reeleito André Puccinelli, do PMDB, e o deputado estadual Paulo Duarte, do PT, se xingaram de novo por conta da interpretação do Fecomp (Fundo Estadual de Combate a Erradicação à Pobreza), um projeto do governo que aumenta os impostos em determinados segmentos econômicos. A ideia criada existiria por período temporário, mas virou uma regra obrigatória desde 2007.
De um lado, o parlamentar afirma que Puccinelli tenta aplicar uma manobra e estender o fundo também sobre a energia elétrica.
Já o governador, vê maldade na avaliação do deputado. Ele chamou de burrice o raciocínio do parlamentar, que devolveu a crítica num mesmo nível: burrice é quem pensa que os outros são burros.
Duarte e Puccinelli brigam por esse assunto desde a criação do Fecomp. Semana passada, Puccinelli foi a Assembleia Legislativa e, na presença de outros parlamentares, os dois trocaram duras acusações.
O Fecomp foi criado no fim de 2006, segundo Puccinelli, para arrecadar dinheiro e, com o recurso, bancar os programas sociais.
Com o plano, aprovado pela maioria da Assembleia Legislativa, em vigor em janeiro de 2007, passou-se aqui a cobrar ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a mais de serviços tidos supérfluos pelo governo, como jóias, obras de arte, telefonia, internet e TV a Cabo.
Com o adicional sobre o ICMS, o governo junta em torno de R$ 4 milhões mensais.
Nesta manhã, durante evento no Centro de Convenções Gil de Camilo, em Campo Grande, Puccinelli retomou o assunto: só os burros que entenderam assim [que o texto que fala sobre o Fecomp], não sabem o português. São malfeitores que querem induzir ao erro, atacou o governador.
Até agora, apenas Duarte havia se manifestado contra a renovação do fundo, ideia que deve ser debatida na sessão desta quinta-feira.
Informado sobre a declaração de Puccinelli, Paulo Duarte retrucou: burros são os que acham que os outros são burros.
O parlamentar disse que sua intenção é não baixar o nível da discussão, mas prometeu discordar do plano. Note um dos questionamentos do deputado: Não dá pra chamar telefone de supérfluo. Isso é um absurdo.