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Sidrolandia

Quilo do pão francês sobe para R$ 8,20 em dezembro em Dourados

A escassez já subiu em 20% o valor do salame, que passou a custar R$ 55 o quilo. O peito de peru sofreu reajuste de 25% e custa hoje em média R$ 45.

Dourados Agora

09 de Novembro de 2012 - 08:34

O café da manhã dos douradenses deve ficar mais “salgado” a partir de dezembro. É que o tradicional pãozinho francês passa a custar 15% mais caro. De acordo com empresários do ramo, hoje o custo do quilo do pãozinho varia entre R$ 7,10 e 7,90, em Dourados. A expectativa é de que chegue a pelo menos R$ 8,20 no mês que vêm.

A mudança se deve aos preços da matéria prima que vem sofrendo alta há pelo menos 6 meses. Apesar disso, há mais de 1 ano e meio o preço do pão em Dourados se mantém congelado. “Lutamos ao máximo para não repassar a alta que estamos sofrendo com os fornecedores, mas chegamos a um limite”, explica o empresário Edvaldo Leite Dias.

Segundo ele, apenas nos últimos 90 dias a farinha de trigo sofreu um aumento de 40% no preço, custando cerca de R$ 7,90 o quilo para o empresário. A margarina industrial utilizada na fabricação do pão subiu 40%. Outro motivo de preocupação está nos preços dos acompanhamentos do pãozinho. O açúcar, por exemplo, utilizado para os tradicionais cafezinhos, sucos, entre outros do café da manhã, sofreu 21% de acréscimo, segundo os empresários.

Eles também alertam para o “sumiço” dos embutidos como a calabresa, o apresentado, salame e peito de peru. De acordo com os empresários não se encontram estes produtos no atacado. “A forma é trabalhar com outras marcas, quando se encontra. A falta de oferta já custa 30% a mais para o empresário, que precisa se desdobrar para comprar produtos de fora. Só o ICMC encarece em 20% o produto”, destaca.

Edvaldo, que também é economista, conta que a alta vem do campo no caso dos embutidos. “Houve um aumento significativo no preço do milho e insumos agrícolas. com isto o preço da carne suína acaba sofrendo reajustes. Outro fator é a fusão entre as principais fornecedoras dos embutidos, como a Perdigão e a Sadia que estão com dificuldades nos estoques”, destaca.

A escassez já subiu em 20% o valor do salame, que passou a custar R$ 55 o quilo. O peito de peru sofreu reajuste de 25% e custa hoje em média R$ 45.

O leite e derivados também estão na lista dos que devem ficar mais caros. Somente nos últimos 3 meses o produto subiu de 3a 5%. Os derivados como o queijo e o iogurte sofreram 10% de reajuste.

O empresário Emiliano Leite Dias diz que, além de toda a matéria prima que sofreu reajustes, há agravantes em relação aos impostos e encargos que dificultam a atividade em Dourados. Ele cita a falta de mão-de-obra como outro grande vilão. “Por falta de profissionais o que estão no mercado acabam ficando sobrecarregado, o que faz com que os empresários tenham que pagar mais para quem está trabalhando”. Ele diz que o ideal para manter a margem de lucro seria que o quilo do pãozinho passasse a custar R$ 9, o que não deve acontecer ainda. O valor é calculado com os reajustes sofridos nas matérias primas do produto que estão em alta em Dourados.