Sidrolandia
Retomada de área pode virar disputa judicial entre Prefeitura e Pavilândia
A empresa começou a cercar a área e pretende se instalar no local uma unidade de produção, mas admite permutar por outra que atenda suas necessidades.
Flávio Paes/Região News
19 de Agosto de 2013 - 08:15
A intenção da Prefeitura de retomar 4 mil metros quadrados doada em 2010 para a Pavilândia Materiais e Artefatos de Concretos e incorporar a outros 4 mil metros quadrados onde será construída uma central de comercialização da agricultura familiar caminha para se tornar uma disputa judicial.
A empresa começou a cercar a área e pretende se instalar no local uma unidade de produção, mas admite permutar por outra que atenda suas necessidades. A administração municipal já estuda recorrer à Justiça. No último dia 13 de maio, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Di Cezar, ter notificado extrajudicialmente a empresa pedindo a área de volta.
O prazo para empresa começar a construir a unidade de produção terminou em 2011. A Pavilândia gera 12 empregos diretos na produção de lajotas, manilhas, dentre outros artefatos de cimento. A diretora Rita de Cássia Silveira, alega que a empresa ainda não se instalou na área (que fica na Rua Hermenegildo Tonon proximidades do CTG) porque a Enersul não atendeu as inúmeras solicitações para que fizesse a expansão da rede de energia elétrica. Os postes já foram instalados, mas falta ainda colocar a fiação e os transformadores.
Como a fábrica funciona em local improvisado, nos fundos da área comercial que fica no centro da cidade, a vizinhança tem reclamado e com isto, tomou-se a decisão de transferir de imediato à unidade. Enquanto a luz não chega, a intenção é usar óleo diesel para colocar os equipamentos em funcionamento.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Di Cezar, garante que o Pavilândia, ao retomar a construção no local onde o município pretende retomar para construir o Ceasa, desrespeitou o compromisso que havia firmado com o prefeito Ari Basso de devolver o terreno de forma amigável. Em contrapartida, teve a garantir de ter uma nova área, bastando à apresentação de uma nova carta consulta.
Segundo o presidente da Câmara Municipal, Ilson Peres, quando assumiu o compromisso com os vereadores de retomar o terreno doado à Pavilândia e destinar os 4 mil metros para a construção da central de abastecimento e comercialização que perdeu metade da sua área original às margens da BR-060, para a futura sede do corpo de bombeiros, o prefeito se reuniu com a diretora da empresa.
Neste encontro a empresária Rita teria concordado em devolver o terreno porque concluiu recentemente um investimento alto na construção da sede no centro da cidade e o projeto da unidade de produção ficaria para outro momento. O prefeito então se comprometeu em ceder uma nova área quando a empresa mostrasse interesse em investir na fábrica.
Foto: Marcos Tomé/Região News
Rita de Cássia Silveira
A reportagem do Região News esteve na empresa na ultima sexta-feira (16). Ela garante que só vai entregar a área mediante outra. Tomá-la, da-cá. Nossa intenção não é a de atrapalhar os projetos da prefeitura, más, o fato é que não temos mais condições de tocar nossa empresa da forma que está. Precisamos urgente nos organizar, ressalta.