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Sidrolandia

Se não tiver 50 leitos até dezembro, hospital vai perder recursos

Sem esta ampliação, a instituição perde o status de hospital, fica, portanto sem o teto para custear o atendimento de média complexidade

Flávio Paes /Região News

27 de Fevereiro de 2014 - 08:55

Independente da corrida contra o tempo para cadastrar no Ministério da Saúde até o 23 de março o projeto da construção da maternidade e ala de pediatria orçada em R$ 2 milhões, a entidade mantenedora do Hospital Elmiria Silvério Barbosa tem pela frente um desafio, que é até dezembro elevar de 32 para 50 o número de leitos.

Sem esta ampliação, a instituição perde o status de hospital, perde  portanto o teto para custear o atendimento de média complexidade, como pequenas cirurgias eletivas e partos, passando a condição de uma unidade de saúde 24 horas, como o posto central.

Teoricamente não haveria dificuldade para o hospital atender esta exigência já que dois deputados federais (Fábio Trad e Geraldo Resende) reservaram à instituição R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares, recurso suficiente para reforma do prédio, abertura de novos leitos e compra de equipamentos.

Com o orçamento impositivo para a saúde válido a partir de 2014, se elimina a possibilidade dos recursos não chegarem por conta de contingenciamento do orçamento, prática que o governo federal usa rotineiramente quando se trata de emenda para obras de infraestrutura. O entrave atual é a falta de projetos e de um plano de aplicação dos recursos, o que pode determinar a perda destas verbas.

O projeto da maternidade e a ala pediátrica apadrinhado pelos vereadores do Solidariedade, dentre eles os médicos Mauricio Anache e Jurandir Cândido, ainda tem um longo trajeto burocrático pela Vigilância Sanitária Municipal, conselho municipal e instâncias deliberativas estadual de saúde. O presidente do conselho, Pastor Pedro, acha “o projeto ousado” para a realidade de Sidrolândia, já que a cidade passaria a dispor de um hospital com mais de 60 leitos.

“Com a entrada em funcionamento da UPA, prevista para 2015, boa parte da demanda atual do hospital será absorvida pela Unidade de Pronto Atendimento, que terá sete leitos, pelo menos um pediatra e um clínico geral de plantão 24 horas. Por isto, para não houver leitos ociosos, depois de ampliado, o hospital terá de ser referencia para atendimento de pacientes encaminhados por municípios vizinhos”.

Embora não se oponha a construção da maternidade e ala de pediatria, o presidente do conselho e do hospital, Jair do Nascimento, preferiram uma solução mais realista, que é aplicar os recursos destas emendas na construção de 20 leitos, abrir mais um centro cirúrgico, reformar o ambulatório, lavanderia e o refeitório, além da compra de novos equipamentos, substituindo os mais obsoletos.      

O certo é que saindo do papel este projeto maior, a prefeitura terá de ampliar seu repasse para o hospital, fixado em R$ 150 mil neste ano.  Hoje só há um plantonista clínico geral para atender as urgências e a partir de março deve ser contratado um segundo profissional que vai trabalhar a partir das 6 horas. Com as novas, será necessário manter um pediatra e um ginecologista obstetra de plantão, um anestesista de sobreaviso, além da equipe de apoio: enfermeiras, técnico de enfermagem.