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Sidrolandia

Secretaria Tesouro recomenda ao Governo reajuste zero para os servidores

Flávio Paes

07 de Abril de 2011 - 23:11

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN)  alertou o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul para o risco de sofrer sanções na liberação de recursos e no pagamento da dívida externa em função dos gastos com a folha de pagamentos. Os técnicos que estiveram analisando as contas do Estado até a quarta-feira (06) deixaram claro que a análise preliminar já demonstra que os limites estão sendo ultrapassados.

Diante desses números e em função das projeções iniciais relacionadas a perdas provocadas pelas chuvas na agricultura e na pecuária, o Conselho de Secretários, responsável pelo controle das contas públicas, voltou a recomendar ao governador que não conceda este ano qualquer reajuste nos salários, para conter o crescimento das despesas com pessoal.

“Vamos aguardar informações e análises mais concretas para podermos encaminhar decisões. O impacto das perdas na arrecadação está sendo avaliado, ao mesmo tempo tem essa questão da STN e temos ainda o comportamento da economia como um todo, que também nos orienta nas decisões de mais longo prazo”, afirmou o governador.

Conselho de Secretários

O Conselho de Secretários, formado pelos titulares das pastas da Fazenda, Administração e Planejamento, já havia recomendado, no começo do ano que o governo avaliasse a possibilidade de não conceder reajustes este ano (reajuste zero), para não comprometer o equilíbrio das contas públicas, revendo também metas de investimento.

“Uma coisa é certa. Mato Grosso do  Sul não pode perder o equilíbrio de suas contas, conquistado no mandato passado. Vencemos o déficit estrutural, implantamos uma nova mentalidade, pagando em dia nossas contas, inclusive com o funcionalismo, coisa que nenhum outro governo tinha feito até hoje por quatro anos. Não abrimos mão disso. Eu nem penso em tomar medidas que levem os servidores a serem humilhados na fila para tomar empréstimo, ou, mais grave ainda, sendo cobrados porque o salário está atrasado. O que vamos fazer para frente dependerá agora das novas análises", declarou André.