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Sidrolandia

Servidores municipais reagem à proposta de reajuste zero e aprovam dia de paralisação na segunda-feira

O protesto pode ser o primeiro passo para uma greve por tempo indeterminado caso o Executivo não apresente uma proposta de reajuste salarial.

Flávio Paes/Região News

05 de Setembro de 2013 - 21:08

Foto: Marcos Tomé/Região News

Servidores municipais reagem à proposta de reajuste zero e aprovam dia de paralisação na segunda-feira

Servidores durante ato na Câmara Municipal

 Os servidores municipais decidiram em assembleia realizada na noite desta quinta-feira na Câmara, promover uma paralisação na próxima segunda-feira, cruzando os braços e se concentrando em frente da Prefeitura a partir das 7 horas da manhã. A manifestação será uma resposta do funcionalismo à postura do Executivo que após duas reuniões de negociação, limitou-se a informar a impossibilidade de conceder qualquer aumento neste ano.  

O protesto pode ser o primeiro passo para uma greve por tempo indeterminado caso o Executivo não apresente uma proposta de reajuste salarial. Com exceção de 2012, este foi o primeiro ano desde 2005 que os funcionários não tiveram aumento. Os funcionários pedem 12% de aumento, retroativo a maio. O  percentual corresponde a inflação acumulada dos últimos dois anos.

O prefeito Ari Basso invoca como justificativa para conceder qualquer reajuste, as dificuldades financeiras e o fato de a folha de pagamento estar acima dos limites de gastos fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 54% da receita líquida.  A disposição de dar uma resposta mais firme foi reforçada pela postura da Prefeitura que sequer enviou à assembleia um técnico para explicar as razões do Executivo para não atender a reivindicação da categoria por reajuste de 12%. Pela manhã o prefeito chegou anunciar que enviaria um funcionário para apresentar uma radiografia das finanças do município. 

Um grupo de servidores apresentou a proposta de realização de um protesto já no sábado durante o desfile comemorativo de 7 de Setembro. A ideia foi descartada da pela maioria que avaliou como imprópria uma mobilização em meio a um evento público festivo, quando as atenções estarão voltadas à apresentação das escolas.

O vereador Sérgio Bolzan, que é sindicalista, defende a mobilização dos servidores como forma de sensibilizar o prefeito para necessidade de iniciar uma negociação. “É preciso lembrar que quem é visto não é lembrado”, observa. O presidente do Sindicato dos Servidores, Idemar Marcos Aquino está confiante de que até segunda-feira, o prefeito vai chamar a categoria para uma nova conversa e apresentará uma proposta de reajuste. “Não acredito que ele vai deixar as coisas chegarem ao extremo de uma greve”. 

O secretário de Governo, Enelvo Felini, sustenta que ao não conceder reajuste salarial, o prefeito Ari Basso não está agindo de forma irresponsável. "O servidor deve dar este voto de confiança para esta administração", comenta. Ele lembra que o ex-prefeito Daltro Fiuza não pagou a folha de dezembro, deixou aproximadamente R$ 5 milhões em dívidas com fornecedores e houve o agravante na queda dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios

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