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Sidrolandia

Só escola do Quebra Coco mostra interesse em novo ensino médio com 6° tempo

A proposta do turno em tempo integral foi rejeitada pelos colegiados das duas maiores escolas estaduais da cidade.

Flávio Paes/Região News

22 de Novembro de 2016 - 15:29

Apenas a Escola Estadual Vespasiano Martins, do distrito de Quebra Coco, mostrou interesse em aderir a uma das modalidades do novo ensino médio, que além de aulas em tempo integral, inclui também a adoção do chamado 6º tempo, ampliando em mais duas horas (até às 12h30) o período em sala de aula do aluno que também almoçaria na escola. O Vespasiano Martins aceitou adesão a esta modalidade.

A proposta do turno em tempo integral foi rejeitada pelos colegiados das duas maiores escolas estaduais da cidade, o Catarina de Abreu e o Sidrônio Antunes de Andrade. A Fetems, que representa o magistério, já se posicionou contra estes projetos, como parte do embate político da CUT (central a que a federação é vinculada) contra o Governo do Presidente Temer.

Oficialmente o argumento das duas escolas é a falta de espaço físico, já que parte das suas salas de aula é ocupada por 700 alunos do ensino fundamental, que por preceito constitucional, é obrigação do município.

No caso do Catarina, que oferece desde as séries iniciais, há mais de 20 anos o município não amplia a oferta de vagas no bairro onde está localizada, (o São Bento) que concentra 30% da população urbana da cidade.

Segundo Gerson Furtado, diretor da Vespasiano Martins, a escola que tem 60 alunos do ensino médio já desenvolve um projeto de educação no campo, no chamado eixo temático, com aulas práticas de horticultura. “Estamos na expectativa de nossa proposta de adesão ser aceita. Será preciso fazer ajustes em relação ao transporte escolar, já que alguns alunos não moram no núcleo urbano e seria preciso um horário diferenciado para levá-los de volta para casa”.

A escola que já teve 800 alunos (incluindo o ensino fundamental) tem hoje 350, incluindo 50 matriculados na extensão existente na aldeia Lagoinha.

Em nível estadual

O Governo do Estado pretende implantar a partir de 2017 o ensino do tempo integral em 32 escolas de Campo Grande e do interior. O projeto terá financiamento do Ministério da Educação e planeja implantar até 2025 a modalidade em metade das escolas públicas brasileiras.