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Sidrolandia

Sumiço de dados impede pagamento em prefeitura e vira caso de Polícia

O pagamento dos servidores deveria ser depositado até amanhã, mas como não houve como fechar a folha de pagamento e enviar para o banco por falta de informações

Campo Grande News

07 de Janeiro de 2013 - 16:43

A Polícia Civil investiga o desaparecimento de dados registrados nos computadores da Prefeitura de Nioaque, a 179 quilômetros de Campo Grande. O sumiço foi constatado pelo novo prefeito, Gerson Garcia (PSB), que assumiu a administração no último dia 1º da ex-prefeita Ilca Corral Domingos (PMDB). Na sexta-feira (4) foi registrado um boletim de ocorrência na Polícia.

Segundo Gerson, pelos 12 discos rígidos de computadores de diversas secretarias foram formatados e a administração consegue levantar o número exato de servidores, cargos e salários. Sem essas informações, não é possível fechar a folha de pagamento municipal.

“Ligamos os computadores no dia 2 e não havia nada. Estamos trabalhando com muita dificuldade, porque até agora o recursos humanos não consegue acessar para saber são quantos funcionários. Estamos de mãos atadas”, afirmou o prefeito.

O pagamento dos servidores deveria ser depositado até amanhã, mas como não houve como fechar a folha de pagamento e enviar para o banco por falta de informações, ele ainda não tem data para ser realizado.

O prefeito reclama ainda que o salário poderia ter sido pago pela antiga administração no dia 30 de dezembro, o que não ocorreu. Gerson reclama ainda que falta material de escritório e que há dividas com fornecedores e impostos.

Para tentar saber quando os dados foram apagados e quem teria feito o procedimento, a Prefeitura entregou os HDs para a Polícia Civil.

“Nós vamos encaminhar para perícia da Polícia Civil para saber a data da retirada dos documentos”, explicou o delegado Roberto Gurgel Filho, que responde interinamente pela delegacia de Nioaque. Caso sejam constados que programas fornecidos pelo Governo Federal, a PF (Polícia Federal) também pode ser acionada para auxiliar nas investigações.

Ica se defende das acusações e diz que as informações estão disponíveis com a empresa que faz a contabilidade da Prefeitura. Ela conta que os computadores funcionavam normalmente antes da entrega e que pediu que o banco de dados fosse transmitido para a nova gestão.

“Quando eu entreguei a chave para o Gerson no dia da posse tudo estava normal”, contou. Antes de entregar a administração, a ex-prefeita disse que pediu para que os assessores filmassem e fotografassem aquilo que seria entregue. “Tivemos dificuldades, mas não fomos a única prefeitura a passar por isso”, comentou.

Ilca diz ainda que considera a situação desagradável, mas que no município a disposição do novo prefeito para esclarecimentos. No mesmo dia do registro do desaparecimento, Ilca também procurou a Polícia Civil para registrar um boletim por preservação de direito, para informar que ela é vitima de comentários no município. "Estão falando na cidade que eu apaguei os dados e meu advogado me orientou a registrar esse boletim", explicou.