Sidrolandia
Tecnologia vai mudar dinâmica no mercado de trabalho, diz pesquisa
Até 45% das atividades serão automatizadas nos próximos dois ou três anos, mas 83% das empresas esperam manter ou aumentar o número de profissionais.
G1
24 de Janeiro de 2017 - 07:43
O avanço da tecnologia vai mudar a dinâmica do mercado de trabalho e até 45% das atividades feitas por profissionais podem ser automatizadas nos próximos dois ou três anos, fazendo com que a tecnologia substitua as tarefas cognitivas e as manuais para que as pessoas possam assumir tarefas não rotineiras e funções mais satisfatórias.
As informações são do estudo A Revolução das Competências do ManpowerGourp, que foi apresentado no Fórum Econômico de Davos na semana passada.
Apesar do provável aumento das máquinas no ambiente de trabalho, 64% das empresas afirmaram que o número de empregados não deve mudar, 19% pretendem aumentar a força de trabalho, 12% pretendem diminuir e 5% não sabem.
Com a automação, três entre quatro líderes empresariais acreditam que a automação exigirá novas competências nos próximos dois anos. A tecnologia irá substituir atividades que são rotineiras e consideradas mecânicas. Para o profissional é esperado um escopo muito forte da competência e característica humana como criatividade e inteligência emocional, que favorece as relações humanas e a flexibilidade cognitiva, que é uma competência de encontrar e identificar caminhos voltados para as condições de relações e negociações, ressalta Márcia Almström, diretora de RH do ManpowerGroup.
A pesquisa também mostra as áreas que terão aumento de demanda nos próximos anos. Tecnologia da informação é o setor com a maior previsão de crescimento, de 26%. Em seguida estão: recursos humanos (20%) e linha de frente/ foco no cliente (15%). Na outra ponta, entre as áreas com menor perspectiva de crescimento estão: finanças e contabilidade (1%), produto e gerenciamento (4%) e administração e escritório (5%).
Segundo o levantamento, 65% dos empregos que a geração Z (pessoas nascidas na década de 90 até 2010) terá ainda nem existem. Os profissionais precisam estar prontos para os novos empregos e as novas competências que surgirão em função dos impactos da tecnologia nas empresas e negócios, diz Márcia.
Entre as empresas existe uma movimentação para se preparar para as mudanças: 74% oferecem treinamento interno, 62% oferecem treinamento externo, 39% contratam especialistas para transferir competências para os colaboradores, 39% recrutam pessoal com novos conjuntos de competências, 29% recrutam pessoal com novos conjuntos de competências para substituir os existentes e 23% terceirizam funções de negócios.
Márcia ressalta que o perfil de aprendizagem e a capacidade de absorver novos conhecimentos passa a ser fundamental no novo mundo do trabalho. A habilidade e o desejo de desenvolver novas competências para garantir a empregabilidade, a longo prazo, passa a ser uma prioridade para os profissionais. Esse grande avanço tecnológico e a grande diferença entre aqueles com habilidade e aqueles sem são assuntos da atualidade e devem ser uma agenda de prioridades para profissionais e empresas.
A pesquisa foi feita com mais de 18 mil empregadores em 43 países.