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Sidrolandia

Temer diz que geração de empregos deve ser retomada na reta final de 2017

Presidente afirmou que assumiu governo com desemprego "alarmante". Peemedebista participou de seminário promovido pela CNI e pelo jornal "Valor".

G1

08 de Novembro de 2016 - 09:20

O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (8), em um seminário em Brasília, que, na avaliação dele, a geração de empregos no país deverá ser retomada a partir do segundo semestre de 2017. Em seu discurso, o peemedebista aproveitou para defender as políticas adotadas pelo governo para tentar reaquecer a economia, destacando que "leva tempo" para reequilibrar o país.

O presidente disse ainda, na abertura do seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, promovido pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e pelo jornal "Valor Econômico", que assumiu a Presidência com uma dívida pública crescente e "níveis alarmantes" de desemprego.

Temer ressaltou que sua gestão está "desmontando um ciclo perverso" da crise econômica. Segundo ele, será necessário um trabalho "extraordinário" para superar as dificuldades econômicas e fazer o país retomar o crescimento.

"Muitas vezes as pessoas querem que o governo assuma e, dois meses depois, o céu esteja azul. Não é assim. Leva tempo. Retomada do emprego demora, é paulatina, lenta, mas nossa esperança é que no segundo semestre de 2017, no ritmo que estamos dando, tenhamos já emprego sendo retomado", declarou Temer.

"A superação dessa crise tão aguda exige um cuidado, um trabalho extraordinário que nos permita seguir adiante. E me permita dizer que esse é um ciclo perverso que estamos desmontando", complementou.

Ao falar de incentivos para o setor de serviços, Temer ressaltou que, às vezes, "sente no ar" que as pessoas querem combater o desemprego sem incentivar a iniciativa privada. Na visão dele, "há um certo preconceito” com a atividade empresarial.

"Há muito por fazer, mas juntos, com a iniciativa privada, vamos vencer. É disso que precisamos para o Brasil. [...] Quando eu assumi o governo, recebi o país com dívida pública crescente e o desemprego em níveis alarmantes", enfatizou.

Além do presidente da República, também participaram do evento o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco.

Previdência Social

Michel Temer disse aos empresários que enviará ao Congresso Nacional a reforma da Previdência Social depois que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos for aprovada pelo parlamento.

De acordo com a Casa Civil, as sugestões de mudanças nas regras previdenciárias já estão prontas para serem encaminhadas ao Legislativo.

"Temos de pôr o dedo nessa ferida. São quase R$ 150 bilhões de déficit. Os estados estão praticamente quebrados, fruto da Previdência Social. Os governadores têm nos procurado para serem incorporados nessa tarefa federativa, de levar isso ao Congresso Nacional. É uma matéria que temos de levar adiante."

Bolsa Família

Em seu discurso, o presidente da República destacou não há necessidade de manter o Bolsa Família por um longo período, ainda que ele tenha destacado que "revalorizou" o programa. Na avaliação de Temer, a iniciativa de transferência de renda deve ser somente uma "passagem".

"Temos uma sociedade muito facetada. Gente rica, classe média, pobre e paupérrima. Ninguém espera falar do Bolsa Família daqui a 20 anos. Deve ser uma passagem, de modo que não haja mais necessidade para o Bolsa Família. Mas, por enquanto, há. Tratamos de revalorizá-lo em 2,5%."