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Sidrolandia

Terceirizadas do transporte escolar ameaçam parar serviço se não receberem atrasados

Os atrasados somam R$ 716 mil, conforme a última atualização no portal da transparência. De um total de R$ 5.181.767,28, só foram pagos R$ 4.464.874,79.

Flávio Paes/Região News

09 de Novembro de 2016 - 09:29

As 15 empresas terceirizadas responsáveis por 56 linhas do transporte escolar que atendem alunos de escolas estaduais e municipais residentes na zona rural, ameaçam suspender o serviço, a pouco mais de um mês do término do ano letivo. Há empresas que já estão com três pagamentos em atraso (agosto, setembro e outubro). Os atrasados somam R$ 716 mil, conforme a última atualização no portal da transparência. De um total de R$ 5.181.767,28, só foram pagos R$ 4.464.874,79.

Um grupo de 11 empresários chegou às 7 horas da manhã no saguão de entrada do Paço Municipal na espera de serem atendidos pelo secretário de Finanças, Raul Savaris. Por volta das 8h30 eles foram recebidos pelo o secretário que se comprometeu a pagar na sexta-feira a parcela de setembro. Amanhã deve entrar no caixa da Prefeitura quase R$ 2 milhões, R$ 1,2 milhão do dinheiro da repatriação e R$ 952.496,00, da primeira parcela do FPM.

O temor dos empresários é que com o término ano letivo e a troca de gestão, não consigam receber as parcelas pendentes. Por isto eles decidiram ir em comissão à Prefeitura cobrar os atrasados. No último dia 20 eles se reuniram com o prefeito Ari Basso, quando receberam a promessa de que até o último dia 5 os pagamentos seriam colocados em dia, mas alguns só conseguiram receber a fatura de agosto.

“Estamos pagando para trabalhar. Devendo fornecedor e tirando do bolso, o recurso para os salários dos funcionários”, revela um empresário, que transporta diariamente 150 alunos em quatro linhas. Ele tem R$ 94 mil para receber e está devendo a oficina (onde faz a manutenção dos veículos) e o posto onde abastece. Há empresas que estão com três meses em atraso (agosto, setembro e outubro). Como parte das medidas de ajustes, a Prefeitura pode neste resto de ano, substituir as terceirizadas por ônibus da frota própria da Secretaria de Educação.

O transporte tem um custo anual de R$ 8 milhões, incluindo as linhas feitas pela frota própria de ônibus da Prefeitura. Deste total, R$ 6 milhões sai de receita do município, enquanto a União e Estado contribuem com R$ 2 milhões. A maior parte dos estudantes transportados são alunos de escolas estaduais.