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Sidrolandia

Transferência de Delegado gera revolta e mobilização política em Sidrolândia

Movidos pela preocupação da perda na segurança pública de Sidrolândia, vereadores formaram uma comissão e cobraram providências

Marcos Tomé/Região News

21 de Janeiro de 2011 - 08:00

Transferência de Delegado gera revolta e mobilização política em Sidrolândia
Transfer - Foto: Marcos Tom

A transferência do Delegado Titular da Policia Civil de Sidrolândia, Dr. Valter Guelssi, para o município de Iguatemi, região de fronteira com o Paraguai, deixou a população com certa indignação pela forma repentina e sem resposta de quando o município terá um novo substituto.

Com crescente aumento populacional, Sidrolândia já é o 9º em números de habitantes e está entre as 5 cidades de melhor poder econômico do Mato Grosso do Sul. Dados estatísticos revelam a real necessidade de haver no mínimo 2 delegados para atender a demanda do município.

Com cerca de 25 boletins de ocorrência registrados por dia, há uma necessidade de se haver um maior número de agentes nas ruas. Acredita-se que a Polícia Civil de Sidrolândia poderá perder agilidade que conseqüentemente refletira na qualidade dos serviços prestados a segurança pública do município com apenas um delegado.

Dr. Valter Guelssi, considerado extremamente experiente nas ações pertinentes a segurança, vinha realizando um trabalho a contento da população que já sofre por  não haver número de policiais suficientes na guarnição da Policia Militar que também contabilizou recentemente baixa com a transferência do comandante Major Rios.

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Foto: Marcos Tomé/Região News

Dr. Valter Guelssi

             Dr. Valter Guelssi em audiência com os vereadores Jean Nazareth e Waldemar Acosta

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Guelssi estava no cargo há menos de 10 meses e realizava um trabalho reconhecidamente eficiente, sua transferência pode ter sido motivada por pressão política, não apenas por razões de conveniência administrativa conforme justificou o diretor geral da Polícia Civil, Dr. Jorge Razanauskas Neto na portaria 033, que formalizou o remanejamento, publicada na edição do último dia 10 no Diário Oficial do Estado.

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Movidos pela preocupação da perda na segurança pública de Sidrolândia, os vereadores formaram uma comissão que manteve agenda nesta quinta-feira (20) com Dr. Fabiano Ruiz Gastaldi (Presidente da ADEPOL/MS) no intuito de solicitar esclarecimentos sobre o caso.

Dr. Fabiano explanou para os vereadores: Jean Nazareth (Presidente da Câmara) Professor Carlos Tadeu, Antônio Galdino e Waldemar Acosta, que a transferência de Guelssi é uma necessidade emergencial do município de Iguatemi, porém, reconhece a necessidade de se ter 2 Delegados em Sidrolândia por conta do volume de inquéritos.

“Sidrolândia com mais de 42 mil habitantes e uma extensa zona rural é sem dúvida um município que precisa de uma atenção especial”, comentou Dr. Fabiano. Jean condenou a transferência do Dr. Valter Guelssi do município por entender que o mesmo estava em processo de organização e reestruturação da DEPOL do municipio.

“Fomos pegos de surpresa e a população não pode ser penalizada com esta remoção. Acredito ser legítima a necessidade de um delegado com experiência para garantir aos sidrolandenses uma segurança de qualidade”, comentou Jean Nazareth, já desde que Drª. Gabriela Stainle esta em estágio probatório por ser recém formada. 

Os vereadores deverão ser reunir com o Secretário de Segurança Pública do Estado, Dr, Wantuir Jacini, na próxima semana para discutir o caso. Professor Tadeu disse que fará convite para o Prefeito Daltro Fiuza que retornou recentemente as suas atividades após período de férias, para unir forças com o Legislativo para cobrar providências.

Waldemar Acosta chamou atenção para que a sociedade organizada se mobilize no sentido de comover as autoridades responsáveis, para que os mesmo analisem a carência e importância de se ter 2 delegados no município. “É público e notório o avanço que tivemos nas elucidações dos casos e baixas nos inquéritos policiais com a chegada do Dr. Valter Guelssi e Drª. Gabriela Stainle” comentou Acosta.