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Sidrolandia

Três-lagoenses confundem haitianos com africanos e temem surto de ebola

Nos últimos 12 meses a Polícia Federal (PF) de Três Lagoas cadastrou 500 haitianos, que chegaram ao município para trabalhar

Correio do Estado

25 de Setembro de 2014 - 10:35

Moradores de alguns bairros de Três Lagoas estão preocupados com a presença de haitianos. Isto porque, eles estariam confundindo haitianos com africanos e temem contrair o ebola, doença que já matou 2.793 pessoas, em 5.762 casos registrados, na África Ocidental. O levantamento foi divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 18 de setembro. 

De acordo com o coordenador de educação em saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Fernando Garcia os agentes vem sendo abordados frequentemente pela população, que demonstra preocupação em conviver com os haitianos por conta do surto do ebola.

 “A população está desinformada, pois o Haiti fica na América Central, onde não há indícios da doença, mesmo assim os orientamos e explicamos que não há perigo algum em conviver com esses imigrantes”, destacou.

Garcia destacou ainda que além das abordagens feitas na rua por pessoas “preocupadas” muitas ligam também no setor para cobrar uma providência da Secretaria de Saúde. Ele não associa o fato ao preconceito, mas sim a desinformação.

“Infelizmente pelo fato de os haitianos serem negros também algumas pessoas acreditam que eles são africanos, mas a população pode ficar tranquila que não há indícios algum dessa doença atingir o Brasil e o nosso município”, completou. 

Polícia Federal já cadastrou 500 haitianos que chegam ao município para trabalhar 
Nos últimos 12 meses a Polícia Federal (PF) de Três Lagoas cadastrou 500 haitianos, que chegaram ao município para trabalhar. Eles ocupam vagas em diversos setores do município. P

orém, a PF acredita que é possível que tenha muito mais desses estrangeiros na cidade porque alguns deles não tiraram o visto que deve ser renovado a cada seis meses. A chegada dos refugiados do Haiti em Três Lagoas começou há pouco mais de um ano. 

Em Três Lagoas, esses haitianos devidamente registrados possuem endereço fixo e emprego. A maioria deles trabalha no setor industrial, mais precisamente no ramo têxtil e também na área de construção civil e no comércio.