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Sidrolandia

Troca de farpas marca debate entre candidatos em MS

Dourados Agora

29 de Setembro de 2010 - 07:29

Troca de farpas marca debate entre candidatos em MS
Troca de farpas marca debate entre candidatos em MS - Foto: Denilson Pinto/Regi

Zeca do PT e André Puccinelli (PMDB) trocaram acusações, ontem, durante o debate promovido pela TV Morena entre os três candidatos ao governo do Estado. Nei Braga (PSOL) ficou entre o 'tiroteio'. André abriu o debate perguntando a Zeca sobre carga tributária. O debate foi mediado pela jornalista Poliana Abritta.

André alongou a pergunta e não conseguiu concluir, mas Zeca disparou atacando a tributação no Estado.“Vou zerar a tributação para micro empresa”, acrescentou Zeca.

O rival se defendeu alegando que recebeu o Estado quebrado, sem o pagamento de 13º salário aos servidores que foram obrigados a recorrerem ao empréstimo consignado para receber. “Não fomos nós que aumentamos 123% o ICMS do álcool e a gasolina”, disse o governador André.

Zeca defendeu-se dizendo que recebeu o Estado 'quebrado". “Verdade, aumentei ICMS do combustível em razão da quebradeira que herdei Mato Grosso do Sul”, afirmou. Ele também falou da Sanesul 'deteriorada' que teve de reestruturar.

Sobre o assunto, Nei Braga (PSOL) disse a Zeca que responderia como consumidor da Sanesul. Disse que o serviço é crítico e custa muito caro.

O debate seguiu com o tema Saúde que gerou mais alfinetadas. André criticou Zeca que, segundo ele, não teria cumprido a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO). O governador contabilizou investimentos no setor, cerca de R$ 600 milhões em 2009.

Vídeos exibidos no You Tube, sobre corrupção, esquentaram os ânimos de ambos os lados. As declarações do deputado Ary Rigo (PSDB) vieram à tona. André disse que as imagens têm intenção de prejudicá-lo, faltando (à época) duas semanas das eleições.

Questionado pelo candidato Nei Braga, André disse: “Fui o único candidato a autorizar a quebra do meu sigilo bancário, fiscal, e desafio os outros candidatos a fazerem o mesmo”, declarou o governador.

Nei Braga cobrou esclarecimentos e André falou em austeridade e, em seguida disparou pergunta a Zeca, voltando à Sanesul. O ex-governador, Zeca, descartou a privatização da Sanesul, caso volte ao poder. André lembrou dos R$ 19 milhões em obras não realizadas, lembrando dos R$ 420 milhões que investiu na concessionária em menos de 4 anos.

Na tréplica, Zeca mencionou que a 'quebradeira' da Sanesul e acusou André de investir no mercado financeiro ao invés de aplicar recursos na concessionária.

PROMESSAS

André: criar sede da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul em Campo Grande e o curso de Medicina na capital

Zeca: mais 3 festivais de cultura; aumentar autonomia financeira da Uems.

Nei: recriar a extinta Secretaria de Cultura; valorização do profissional da segurança

ESCÂNDALOS

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) veio à tona no quarto e último bloco. André abriu o último bloco questionando Zeca sobre o suposto desvio milionário de recursos do FAT, por meio de notas frias, para financiamento de campanhas do partido.

O petista justificou afirmando que não interferiu no andamento dos processos e que não se “escudou” em seu mandato e nem se escondeu atrás da Assembleia Legislativa. Zeca desviou o assunto e sugeriu a André Puccinelli que autorize a Assembleia Legislativa a dar prosseguimento em processo para investigar suposto enriquecimento ilícito.

Na réplica, o governador disse que Zeca é quem deveria provar que não enriqueceu ilicitamente, já que seu patrimônio cresceu 16 vezes desde que assumiu o governo do Estado em 1998.

FINALIZANDO

Nei Braga: não vai usar recursos do Estado para enriquecimento próprio caso seja eleito.

André: plano de governo - curso de medicina em um campus da UEMS em Campo Grande, integração das polícias, e construção de 50 mil novas residências populares.

Zeca do PT : aconselhou a população a não vender seu voto e nem ceder a chantagens eleitoreiras.