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Sidrolandia

UES tira quatro ônibus e deixa 26 universitários sem transporte para Campo Grande

Diante do impasse alguns universitários se juntaram com outros colegas, dividiram o custo do combustível e foram em carro próprio.

Flávio Paes/Região News

31 de Março de 2014 - 20:19

Um grupo de 26 estudantes universitários – 23 da UNIDERP  e três da Universidade Estadual – não conseguiu embarcar nesta segunda-feira para Campo Grande porque os oito ônibus e três vans disponibilizados pela União dos Estudantes de Sidrolândia (UES) estavam lotados.

A situação gerou um princípio de tumulto porque alguns acadêmicos tinham provas e acabaram prejudicados com a ausência de transporte. Eles ligaram para o prefeito Ari Basso e ele disse que o problema teria de ser resolvido pela UES. Contatados por telefone, um dos diretores da entidade, Renan Cervo, disse que não poderia fazer nada.

UES tira quatro ônibus e deixa 26 universitários sem transporte para Campo GrandeDiante do impasse alguns universitários se juntaram com outros colegas, dividiram o custo do combustível  e foram em carro próprio. Foi o caso de Cristian Araújo, de 19 anos, alunos do 1º semestre de engenharia da computação da Uniderp, que recorreu a esta alternativa para não perder a prova.

Os estudantes responsabilizam a UES pela situação. A entidade teria reduzido de 12 para 8 ônibus a frota do período noturno, prejudicando especialmente os alunos da Uniderp e da Universidade Estadual (UEMS). “Os ônibus foram retirados e substituídos por três vans”, informa a estudante de estética Fernanda Amorim, que perdeu a aula e ficou revoltada. 

“Na semana passada aconteceu à mesma situação e na volta para Sidrolândia, os ônibus vieram superlotados, com estudantes viajando em pé”, informa Fernanda. Ela também se queixa da decisão da União dos Estudantes de cobrar uma taxa de R$ 100,00 dos acadêmicos na hora de fazer o novo cadastramento (agora para comprovação da renda familiar). 

A presidente da UES, Letícia Martinelli, garante que foi necessária à troca de quatro ônibus por vans, porque a Vacaria Turismo alegou não ter ônibus disponível na frota para atender o transporte dos universitários.  

Indefinição

Enquanto os estudantes reclamam da redução da frota, continua indefinida a destinação que será dada ao projeto que instituição a subvenção do transporte. A assessoria jurídica do prefeito ainda avalia se veta as 11 emendas aprovadas que instituem a gratuidade para quem tem até 3 salários mínimos de renda familiar.

O prazo para sanção ou veto vence no dia 16, mas o Executivo tem pressa de resolver o impasse, porque precisa de um respaldo legal para pagar as empresas os dois primeiros meses do serviço.