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Sidrolandia

Um mês após cair em buraco não sinalizado em Coxim, idoso morre na Capital

Pedro estava de bicicleta e caiu em um buraco de dois metros de profundidade aberto pela empresa para conserto da tubulação de água e esgoto.

Campo Grande News

03 de Setembro de 2013 - 09:10

A morte de um idoso de 72 anos em decorrência de um acidente ocorrido há pouco mais de um mês pode terminar nos tribunais. Pedro Luís de Souza, que caiu em um buraco aberto pela empresa de saneamento do Estado em Coxim, a 260 quilômetros de Campo Grande, ficou 29 dias internado no CTI do Hospital Regional da Capital e morreu na tarde de ontem (2).

Cícero Leandro de Souza, 40 anos, filho do aposentado, explica que o pai sofreu o acidente no dia 28 de julho, no bairro Flavio Garcia, em Coxim. Pedro estava de bicicleta e caiu em um buraco de dois metros de profundidade aberto pela empresa para conserto da tubulação de água e esgoto.

A revolta da família diz respeito a falta de sinalização do lugar. “Eles abriram o buraco, deixaram de qualquer jeito e não colocaram nenhuma sinalização. Meu pai caiu, uma senhora passou pouco tempo depois e escutou os gritos de socorro dele”, conta Cícero.

Após ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, Pedro foi levado para o Hospital Regional de Coxim. O diagnóstico foi a fratura da clavículo e, devido a avançada idade, o tratamento repassado pelos médicos foi o repouso em casa.

Dois dias em casa não foram suficientes para amenizar as dores e o aposentado começou a sentir falta de ar. Preocupada com a situação do idoso, a família resolveu trazer a vítima para o Hospital Regional da Capital.

“Ele deu entrada às 18 horas e ao meio dia do outro dia nos disseram que ele estava com trauma no tórax, hemorragia interna e pulmões afetados”, conta o filho. No dia 9, Pedro foi transferido para o CTI (Centro de Terapia Intensiva) e passou por uma cirurgia para retirar o excesso de sangue do tórax e pulmão. Apesar dos dias entubado e com tratamento intenso, o idoso não resistiu e morreu na tarde desta segunda-feira (2).

Segundo a família, no atestado de óbito consta que a causa da morte foi uma série de fatores: trauma no tórax, evoluindo para infecção generalizada, falência dos rins, problema do estômago e, por último, parada respiratória.

Revoltados com a morte do aposentado pai de 13 filhos, os parentes já contrataram um advogado e pretendem entrar na Justiça para cobrar ressarcimento da empresa de saneamento.

“Nós iremos entrar com uma ação por danos morais e materiais. A empresa não deu nenhum tipo de assistência ou amparo, agora vamos buscar uma solução”, desabafa o filho.