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Sidrolandia

Uragano’ estimula leitura ética

Um dos instrumentos utilizados para acompanhar os desdobramentos da Operação Uragano é o jornal

Dourados Agora

01 de Outubro de 2010 - 09:03

A Operação Uragano, desencadeada pela Polícia Federal, que denunciou fraudes em gestão pública continua gerando discussões sobre a falta de valores humanos. O caso, que envolveu autoridades do Executivo e Legislativo, empresários e servidores continua repercutindo, inclusive entre estudantes, em salas de aula.

Na escola municipal Armando Campos Belo, a dor, revolta e traição despertaram a atenção da professora Katiuce Pavão. Ela aproveitou a situação para promover a leitura de mundo com as turmas do 9º ano A e B. O PROGRESSO e o poema “Índia Velha” de Emmanuel Marinho serviram de instrumentos para as atividades em sala de aula.

“Professora, o que saiu hoje sobre a Operação Uragano?”, continua sendo a pergunta mais frequente dos estudantes, assim que a professora entra na sala de aula. Leitura e comentários tomam conta do ambiente escolar.

Um dos instrumentos utilizados para acompanhar os desdobramentos da Operação Uragano é o jornal. As leituras levam às discussões coletivas. “ Procuramos identificar o papel de cidadão e agente transformador no contexto problemático trazido através da operação Uragano. Faltam comportamentos éticos, de respeito e civismo no ser humano”, avalia a professora Katiuce Pavão.

A partir do desenrolar da operação Uragano, os estudantes acompanham o processo eleitoral deste ano, com mais interesse. “Estou envergonhada com tanta corrupção. Na semana passada, a minha mãe fez uma reunião política para um candidato a deputado estadual. E, no dia seguinte, a decepção”, desabafa a estudante Naiara Amaral do 9º B.

A leitura do poema “Índia Velha” de Emmanuel Marinho serve de base para produções de textos e paródias nas salas de aulas. “Aos poucos, barreiras de timidez são quebradas. Quem não gostava de comentar os fatos passou a fazer isso, a partir do jornal. Com o poema “Índia Velha”, eles ampliaram as interpretações, construindo o pensamento crítico”, finaliza a professora Katiuce Pavão.