Sidrolandia
Uso da cadeirinha reduz acidentes com mortes de crianças
O estudo divulgado essa semana avaliou o primeiro ano da Lei e apontou que o equipamento foi responsável por uma redução de 15% no número de óbitos de menores de 10 anos no país
Campo Grande News
20 de Outubro de 2012 - 07:21
A obrigatoriedade do uso da cadeirinha infantil reduziu em 23% o número de mortes de crianças em até 10 anos em acidentes de trânsito, segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
O estudo divulgado essa semana avaliou o primeiro ano da Lei e apontou que o equipamento foi responsável por uma redução de 15% no número de óbitos de menores de 10 anos no país, a partir das informações do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde.
Segundo a pesquisa, de setembro de setembro de 2009 a agosto de 2010, foram registradas as mortes de 296 crianças. Já entre setembro de 2010,quando a lei passou a valer, e agosto de 2011, o número caiu para 227. De acordo com o Ipea, em seis anos, é a primeira vez que há registro de queda.
Nas ruas de Campo Grande, o uso da cadeirinha é consenso entre os que transportam os pequenos. A jornalista Marithe Cogo, 30 anos, conta que sempre transporta a filha Valentina, de 3 anos, com o uso da cadeirinha, e que tanto no carro dela quanto o do marido têm o equipamento. Eu já sofri uma batida traseira, você sente o impacto e que pode ir pra criança se não estiver na cadeirinha, detalha.
O levantamento do Ipea apontou que nos cinco anos anteriores à obrigatoriedade, houve aumento gradual do número de mortes. De 1°de setembro de 2005 até 31 de agosto de 2006 foram 238 mortes; enquanto de 1° de setembro de 2009 até 31 de agosto de 2010 foram 296 óbitos.
De acordo com a resolução, crianças de até 12 meses devem ser transportados no bebê-conforto. De um a quatro anos, têm de seguir em cadeirinhas e entre quatro e sete anos e meio, o ideal é que utilizem o assento de elevação.
A sensação de segurança também é apontada como uma das garantias para quem usa a cadeirinha, como diz a diretora de escola Eliete Barros, 50 anos, que havia ido buscar o neto Theo Barros, de 1 ano e quatro meses na escola. Eu tenho no meu carro, no carro da minha filha e a certeza da segurança quando carrego, contou.