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Policial

Polícia do Paraguai apreende 6 toneladas de maconha em acampamento do PCC

A polícia paraguaia revelou que Vasconcelos passou aquela tarde na delegacia da Polícia Nacional, em Pedro Juan Caballero.

Correio do Estado

09 de Março de 2018 - 15:17

Como consequência da investigação que estourou uma fazenda utilizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), que levou à prisão de seis brasileiros integrantes da facção, a polícia do Paraguai apreendeu 6,2 toneladas de maconha em uma plantação atribuída à quadrilha, em acampamento clandestino localizado na região de Amambay, na fronteira com Bela Vista.

A apreensão ocorreu na tarde de quinta-feira (8), por agentes da secretaria nacional antidrogas do país vizinho. Ao todo foram apreendidos três prensadores da droga, seis macacos hidráulicos, 280 bolsas de maconha já prontos para serem embaladas e 1.182 tabletes prontos para a comercialização.

Ninguém foi preso durante a operação. Em seu site, o órgão paraguaio diz que a hipótese é que os responsáveis fugiram pelo mato ao notarem a aproximação dos agentes.

O Portal Correio do Estado apurou que a operação foi desencandeada após a morte a tiros do policial civil Wescley Dias Vasconcelos, 37 anos, a tiros de fuzil, na última terça-feira (6), em Ponta Porã. Uma funcionária do Judiciário que o acompanhava em viatura descaracterizada também foi baleada e seguia internada até a públicação desta matéria. Por segurança, seu estado de saúde não será divulgado.

A polícia paraguaia revelou que Vasconcelos passou aquela tarde na delegacia da Polícia Nacional, em Pedro Juan Caballero. O policial, lotado no Setor de Investigações Gerais da cidade, era um dos elos de ligação entre as autoridades brasileiras e do país vizinho. Chegou até a atuar disfarçado na fronteira para coletar informações da facção criminosa.

Costumeiramente, Vasconcelos passava a fronteira para coletar dados dos brasileiros presos pela polícia paraguaia. E também realizava o transporte de alguns dos detidos extraditados. Por isso era conhecido entre criminosos.

O objetivo na cidade paraguaia era averiguar se os brasileiros utilizavam documentos falsos e se haviam contra eles pedidos de prisão em aberto. Descobriu-se que todos são procurados pela Polícia Federal por crimes como tráfico de drogas e homicídio.

O endereço do acampamento do tráfico teria sido obtido no interrogatório do grupo preso. Ainda na noite de quarta-feira (8), cinco dos acusados foram extraditados para o Brasil pela Justiça paraguaia.

A tensão é grande na fronteira desde a ascensão de Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, para a função de chefia, ou também conhecido como "sintonia" da facção na fronteira de Mato Grosso do Sul.

Além do policial civil brasileiro, um agente paraguaio foi baleado em confronto com pistoleiros acusados de serem do PCC em confronto na fronteira de Coronel Sapucaia com a cidade de Capitain Bado. E pelo menos três corpos foram encontrados em Pedro Juan Caballero dois dias desde a execução de Vasconcelos.