Desafio dos beneficiários é levantar recursos para construir as casas

Ainda comemorando a sorte de terem sido sorteados entre os 173 pré-selecionados, alguns dos 36 contemplados com terreno urbanizado, tem pela frente outro obstáculo a transpor para chegar ao sonho da casa própria. Levantar recursos para comprar material e bancar a mão de obra para construir em dois anos a casa de 42,56 metros quadrados.

Numa conta simples, para que a construção esteja em condições de moradia, com acabamento, seria preciso dispor de R$ 30 mil, muito dinheiro para pessoas que ganham em média R$ 1,2 mil (quando tem emprego com carteira assinada) e complementam o orçamento com programas de transferência de renda, como o bolsa família e vale-renda.

"Espero que Deus me ajude ", resume Elivania Alves Feitosa, mãe solteira de dois filhos (um de 13 e outro de dois anos), que há pelo menos 10 anos está na fila de espera do cadastro habitacional da Prefeitura.

Trabalha como autônoma, recebe por venda de doces, conta ainda com R$ 171,00 e R$ 180,00, além das pensões dos pais dos garotos. Em meses de maior dificuldade, recorre a Assistência Social que lhe fornece uma cesta básica. Paga R$ 350,00 de aluguel da casa onde mora no Bairro Ipacaray.

Com uma renda que nem todo mês chega a R$ 954,00, Elivania conta com ajuda divina para conseguir ter dinheiro para dentro de 4 meses erguer e rebocar as paredes da casa, prazo fixado no contrato que assinou com a Agência Estadual de Habitação.