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Policial

Jodimar se apresentou a Polícia acompanhando do advogado Davi de Olindo

Jodimar não havia se apresentado porque a delegada de Sidrolândia Drª. Gabriela Stainle ainda não tinha sido notificada da decisão da Juíza

Franciane Trindade/Região News

13 de Julho de 2011 - 09:10

Jodimar  se apresentou a Polícia acompanhando do advogado Davi de Olindo
Jodimar se apresentou a Pol - Foto: Emmileny Monteiro/Regi

O enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes de 40 anos apresentou-se na manhã desta quarta-feira (13) na Delegacia de Policia Civil em Sidrolândia, o mesmo estava acompanhado do seu advogado Davi de Moura Olindo.

“Jodi” como é conhecido no município teve a prisão temporária por 30 dias decretada, o pedido foi deferido nesta terça-feira com parecer favorável do Ministério Público Estadual pela juíza Silvia Eliane Tedardi da Silva, da Comarca de Sidrolândia, por suspeita de envolvimento na morte da jovem Marielly Barbosa Rodrigues.

O advogado de Jodimar acertou a hora da apresentação do seu cliente em contato telefônico com o delegado responsável pelas investigações Fabiano Nagata. O delegado veio de Campo Grande para acompanhar o suspeito até a Capital onde prestará depoimento na Delegacia de Homicídios.

Jodimar não havia se apresentado porque a delegada de Sidrolândia Drª. Gabriela Stainle ainda não tinha sido notificada da decisão da Juíza que decretou também a prisão do cunhado da vítima, Hugleice da Silva.

David Olindo não acredita que o técnico enfermagem permaneça preso pelos 30 dias autorizados pela juíza. “Ele não tem nada a esconder, porque é inocente. A Polícia não vai arrancar dele a confissão do crime”, alerta.

O defensor diz que pretende saber a finalidade da prisão de Jodimar. “Ele não oferece risco à investigação. Tanto assim que preferiu não fugir. Continuou trabalhando normalmente mesmo depois de a polícia ter feito uma varredura em seu salão de cabeleireiro no Jardim São Bento, apreendeu material para levantar possíveis provas, mas nenhum material que fosse utilizado em um aborto e muito menos remédios abortivos”, afirma

Davi acredita que a prisão temporária foi uma tentativa de responder à sociedade que cobra pela rápida elucidação do crime.  Tanto Jodimar quanto o cunhado, já haviam negado as acusações e afirmado que eram inocentes.

Hugleice da Silva é cunhado da jovem e trabalha na venda de maquinários na região de Sidrolândia e Maracaju. A suspeita contra ele veio depois de a polícia identificar várias ligações telefônicas e também depoimentos de testemunhas de que ele seria o pivô de um relacionamento afetivo com a jovem, o que causou constrangimento no seio familiar quando isso veio á tona. Marielly estava gestante, e conforme o IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal) a gravidez era de três meses.

As investigações ainda não foram encerradas e depende dos dados que podem ser obtidos na quebra de sigilo telefônico do cunhado de Marielly. O delegado Fabiano Nagata responsável pelo caso, não comentou o pedido de prisão temporária dos suspeitos.

O caso

Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, desapareceu no dia 21 de maio de 2011. Ela teria saído da casa onde morava com os pais, acompanhada da melhor amiga e em seguida iria encontrar o namorado, porém não chegou até lá.

Seu corpo foi encontrado em um canavial no município de Sidrolândia, no dia 11 de junho. Ela estava grávida de aproximadamente três meses quando desapareceu e de acordo com o laudo da perícia, a jovem morreu por complicações de um aborto.

Uma das linhas de investigação é de que o cunhado dela, Hugleice da Silva, a teria levado para Sidrolândia, para fazer o aborto malsucedido com o técnico em enfermagem Jodimar Ximenes. Ao longo das investigações uma das especulações levantadas e de que Marielly teria ficado grávida do cunhado.