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Política

PMDB e PSDB duelam pelo controle de prefeituras em MS

Os dois grupos políticos devem disputar espaços políticos tanto na capital quanto no interior do Estado

Willams Araújo

27 de Julho de 2011 - 14:32

Embora aliados históricos no plano estadual, PMDB e PSDB devem enfrentar um duelo inédito pelo controle das prefeituras nas eleições de 2012 em Mato Grosso do Sul.

Os dois grupos políticos devem disputar espaços políticos tanto na capital quanto no interior do Estado, cujo prenúncio de rompimento foi feito a partir do lançamento de candidatura própria à sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB).

O presidente regional do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja, está credenciado pela cúpula tucana a entrar pela primeira vez em reduto controlado pelo PMDB, há mais de duas décadas à frente da prefeitura de Campo Grande.

Apesar do confronto iminente entre aliados, o PMDB ainda não tem um nome que reúna consenso, já que três pré-candidatos (Edil Albuquerque, Carlos Marun e Paulo Siuf) disputam a preferência da militância do partido por meio de pesquisas qualitativas e quantitativas. Sem contar o interesse do governador André Puccinelli (PMDB) em apoiar a candidatura do deputado federal Edson Giroto (PR).

Seguindo orientação do comando nacional, que determinou candidatura própria nas capitais como forma de fortalecer o partido rumo à candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao Palácio do Planalto em 2014, o PSDB também planeja lançar candidato a prefeito em pelo menos 40 das 78 cidades de Mato Grosso do Sul, conforme atesta o próprio Azambuja.

Atualmente, os tucanos comandam 13 prefeituras e conta com 97 vereadores, número que o grupo deseja ampliar nas eleições municipais de 2012.

Um dos exemplos nítidos de que a rota de colisão entre peemedebistas e tucanos nas bases eleitorais será inevitável foi o lançamento da pré-candidatura do ex-prefeito e secretário-executivo do diretório regional, Enelvo Felini, à prefeitura de Sidrolândia, cidade vizinha da capital administrada pelo peemedebista Daltro Fiúza.

Em meados de junho deste ano, o PSDB confirmou candidatura a prefeito na cidade de Ivinhema, administrada por Renato Câmara (PMDB). Nesse caso, Azambuja vê a possibilidade de o PMDB se aliar aos sociais democratas devido ao alinhamento político que já possui com o atual prefeito.

PMDB

Embora ciente de que terá a difícil missão de impedir eventual rompimento no maior colégio eleitoral do Estado, o governador André Puccinelli articula a composição de uma chapa majoritária a fim de manter a hegemonia na Capital. Antes disso, porém, deve manter o diálogo aberto com os aliados na tentativa de mantê-los em seu grupo político.

No interior, o foco do PMDB é a prefeitura de Dourados, a mais importante do interior, onde o partido embora integre a base de sustentação do prefeito Murilo Zauith, que trocou o DEM pelo PSB recentemente, vislumbra comandar o município.

Candidato declarado à sucessão do prefeito “neosocialista”, o deputado federal Geraldo Resende divide opiniões no PMDB local com seu colega de Câmara, Marçal Filho, outro potencial candidato ao posto de Zauith, que cumpre ‘mandato tampão’ de dois anos em decorrência da renúncia do prefeito Ari Artuzi (ex-PDT).

A largada do PMDB deverá ser dada no próximo dia 6 durante mega-encontro regional com pré-candidatos, que ocorrerá em Dourados, na Câmara de Vereadores.

O encontro deve reunir lideranças políticas e dirigentes dos diretórios de 39 municípios das regiões da Grande Dourados, Conesul, Sudoeste, Vale do Ivinhema e também da fronteira com o Paraguai.

Hoje, o PMDB administra 28 prefeituras, mas a meta é ampliar as bases eleitorais do partido visando à sucessão de André Puccinelli em 2014.